O jogo da volta das oitavas de final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-MG promete ser muito quente. A bola rola às 21h30 desta quarta-feira, mas as provocações acirram os ânimos desde o primeiro encontro no Mineirão. E tudo começou na vitória do Galo pelo placar de 1 a 0, quando no final da partida, o atacante Gabigol falou que na volta, os mineiros conheciam o “inferno”.
“Quando eles forem para lá vão conhecer o que é pressão e o que é inferno”, disse Gabigol ainda no gramado do Mineirão.
A frase gerou muita polêmica. No entanto, também mobilizou o torcedor flamenguista. Nas redes sociais, a promessa é de uma grande festa no Maracanã e muita pressão nos adversários. Prova disso foi a chegada da delegação mineira no Rio de Janeiro. O caminho do aeroporto até o hotel, onde a equipe se hospedou, foi todo marcado pelos cariocas.
“Faltam 80km para o inferno. sejam Mal-vindos!”, dizia uma das faixas.
A contagem regressiva para o destino final foi feita pelas faixas, dando o ambiente exato para o jogo e buscando a intimidação dos adversários.
Atlético-MG vê incentivo a violência por parte do Flamengo
A direção mineira, desde as declarações de Gabigol, vem batendo forte nos bastidores. A alegação do Atlético-MG é que os torcedores estão sendo incentivados pelo Fla a praticarem violência contra os visitantes. Inclusive, o clube entrou com um pedido para a punição do atacante junto ao STJD.
No pedido, o Galo elencou dois possíveis artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva para que Gabigol fosse enquadrado. São eles:
- Artigo 243-D: Incitar publicamente o ódio ou a violência. Pena: multa e suspensão de 360 a 720 dias.
- Artigo 258: Assumir conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva. Pena: suspensão de uma a seis partidas.
“Essa que é a verdade. Só que, quando a gente fala isso, não é em relação a ter nenhum tipo de problema. É em relação a pressão, ao Flamengo querer ganhar, empenho dos jogadores, a raça dos jogadores e a força da torcida do lado de fora, empurrando mais do que nunca o Flamengo. Futebol está ficando muito chato, qualquer declaração é polêmica. Isso é bom para os jornalistas, bom para o futebol, bom para todo mundo. Lá vai ser um inferno”, repetiu o discurso o vice-presidente do Mengão, Marcos Braz.
O perfil oficial do Maracanã também entrou na onda de provocações. Na manhã da última segunda-feira, a página oficial se manifestou nas redes sociais.
“Rio de Janeiro! Calor do inferno por aqui!”, escreveu o Twitter do Maracanã.