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Kylian Mbappé caminha para cada vez mais ser o ‘cara’ do PSG. Após a renovação com o conjunto parisiense – contrato que vai até 2025 -, o francês optou por não tomar posse da braçadeira de capitão de Marquinhos. Segundo o jogador, não é preciso usar a faixa para ser um líder do elenco. Mas, por outro lado, possar-se de funções destinadas à dupla Neymar-Messi pode fazer com que ele suba ainda mais de hierarquia no Paris Saint-Germain.
A rejeição de Mbappé em relação à braçadeira de capitão de Marquinhos, deixará o zagueiro brasileiro com sua liderança sem impedimento, ao lado do já influente Sergio Ramos. Embora conviva com constantes lesões, o L’Equipe destaca que o espanhol é uma das maiores lideranças do vestiário.
“Não preciso ser capitão para dar exemplo”, disse Mbappé durante a entrevista que formalizou sua renovação com o PSG, reiterando, então, que não tem o desejo de tirar a braçadeira do ex-defensor do Corinthians e Roma
Neymar e Messi na mira no PSG
Por outro lado, Neymar e Messi podem não ter a mesma sorte do zagueiro, com Mbappé tendo total autonomia no vestiário do Paris Saint-Germain. O francês precisa ser o dono de todas as ações do time em campo para ser indiscutivelmente o astro da equipe de Paris.
Para isso, Mbappé poderia passar a ser o homem das bolas paradas do PSG, função que é destinada a Neymar e Messi. Enquanto o brasileiro divide com argentino as cobranças de falta ou escanteios, por exemplo, na marca da cal é o cobrador oficial do Paris Saint-Germain – pelo menos até antes da renovação do atacante francês.
Mediante isso, tomar posse da bola parada pode ser o próximo passo do atacante francês, após se firmar como o artilheiro do Paris Saint Germain na última temporada.
“É um exercício que Mbappé trabalha no clube como na seleção, mas no qual ele permanece perfectível. As bolas paradas costumam ser reservadas para a dupla Neymar-Messi no PSG. O francês pode subir na hierarquia? Isso exigirá maior eficiência. Nas curvas, que ele acerta pontualmente, o atacante mostrou que ele pode ser preciso”, escreveu o L’Equipe sobre o astro do PSG.
Além disso, o jornal francês cobra uma melhora do atacante no jogo aéreo, para ser mais perfeito e indiscutível.
“Sempre percebido como uma de suas deficiências – ele foi vítima de uma lesão na cabeça no AS Mônaco, que ele desacelerou no desenvolvimento deste aspecto – seu jogo de cabeça também pode ser melhorado. Na última temporada, o atacante deu a entender o progresso nesta área. Mas pode ir ainda mais longe”, destacou a publicação.
Novos horizontes
O L’Equipe projeta novos voos e crescimento ao craque; uma vez que para os franceses, Mbappé se tornará o melhor jogador do mundo muito em breve.
“Pode Mbappé e sobretudo deve reinventar-se? As maiores lendas deste esporte foram confrontadas, em um momento ou outro em suas carreiras, com a necessidade de evoluir seu jogo. Aos 24 anos, em dezembro, Mbappé ainda não chegou lá. Suas habilidades atléticas excepcionais devem levá-lo a todos os recordes por pelo menos cinco a seis anos.”
Ao abordar o tema de o francês abrir novos horizontes para se reinventar e não ser muito monótono, o jornal resgata, portanto, uma frase de Michel Platini, ex-presidente da UEFA.
“Kylian, em algum momento, ele vai perceber que velocidade não é tudo. Em cerca de dez anos, ele vai tentar ir menos (rápido), o corpo vai ficar cansado, ele vai tentar jogar um pouco mais de bola e fazer os outros correrem“, disse Platini em novembro de 2019.
