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O Brasil tem 100% de aproveitamento na Copa América Feminina, com dois jogos e duas vitórias, e o melhor ataque da competição, com sete gols. Entretanto, a técnica Pia Sundhage não está 100% satisfeita.
A treinadora se mostra consciente do desnível técnico entre o Brasil e os demais rivais do continente, e acredita que o time ainda não apresentou seu melhor repertório ofensivo, mesmo com os números favoráveis.
“Eu realmente gostei do resultado, fizemos três gols e não tomamos nenhum. Mas não estou feliz com a nossa atuação, especialmente o ataque. Deveríamos ter sido mais efetivas”, disparou Pia após a vitória por 3×0 diante do Uruguai, nesta terça-feira (12).
Ela ainda fez elogios ao adversário, que amargou a segunda derrota consecutiva – havia perdido por 1 a 0 para a Venezuela na estreia. “O Uruguai fez o seu trabalho muito bem, tentou dificultar o nosso jogo. Eu não gostei da nossa atuação, temos que melhorar”, completou.
Pia acha que o Brasil precisa ter menor pressa para definir as jogadas e mais inteligência nas decisões ofensivas. “Há uma expressão em português que eu gosto muito: ‘Fica com a bola’. Esse é o jeito brasileiro de encontrar o melhor caminho, mas nós perdemos a bola muitas vezes”, reclamou.
Sobraram queixas até para quem saiu do banco de reservas – Duda, Duda Santos, Kathellen, Duda Sampaio e Gio Queiroz tiveram chance durante o segundo tempo. “As jogadoras têm que vir do banco e mudar um pouco o jogo. Precisamos trabalhar melhor quando vem alguém do banco”, lamentou.
O Brasil vai ter agora um pouco de tempo livre para treinar, já que folga na terceira rodada do Grupo B, que será disputada nesta quinta-feira, e terá os jogos Argentina x Uruguai e Peru x Venezuela. A seleção volta a jogar apenas na segunda (18), contra a Venezuela, e no dia 21 enfrenta o Peru.
