O atacante Neymar não se deu bem com Dunga na seleção nos quase dois anos de trabalho do capitão de 1994 em sua segunda passagem. A revelação foi feita por Gilmar Rinaldi, então coordenador técnico da CBF, em entrevista ao UOL Esporte.
A publicação classificou Neymar como “rebelde” na época. Gilmar não revelou o que foi feito pelo camisa 10 – que até foi capitão da seleção com Dunga -, mas admitiu que ele poderia ser barrado.
“Uma vez, Neymar teve um comportamento que fugiu um pouco à nossa regra. A gente estava indo para um jogo. Foi na Áustria, eu acho…”, disse Rinaldi, sem revelar de fato qual foi a atitude de Neymar que desagradou a comissão técnica.
“Eu relatei isso ao Del Nero e ele disse: ‘Ah, ele pensa que nós não temos coragem de tirar ele’. Ele pensou, parou um pouco. ‘Gilmar, para você saber, nós temos coragem, sim’. Depois, a relação melhorou, não teve mais nada. Foi coisa de concentração.”
Del Nero se irritava com Dunga na seleção
Gilmar ainda revelou que Marco Polo Del Nero se irritava assistindo aos jogos de Dunga na seleção brasileira. O então presidente via o ex-jogador como “duro demais”.
“Ele achava o Dunga duro. O Dunga era correto, honesto, direto, mas duro. Com a imprensa também. Assisti aos jogos com ele, ele se irritava”, admitiu o ex-coordenador técnico da CBF.
“Achava que tinha falta de criatividade. O Brasil não estava se desenvolvendo da forma que ele achava que deveria. Reclamava de trocas.”
Por fim, Dunga foi demitido ainda no primeiro semestre de 2016, em sexto nas Eliminatórias e fora da Copa América. Tite foi contratado e levou o Brasil à Copa do Mundo de 2018 com certa tranquilidade.