Lewis Hamilton e Vettel mostram apoio ao protestos no GP da Inglaterra de Fórmula 1
Protestos no GP da Inglaterra de Fórmula 1 gerou apoio dos pilotos mas acendeu alerta, discutido por Lewis Hamilton e Sebastian Vettel
O Grande Prêmio da Inglaterra, vencido em grande parte das últimas edições por Lewis Hamilton, começou com um acidente sério envolvendo vários pilotos, mas Zhou Guanyu, da Alfa Romeo, viu seu carro capotar após de bater no AlphaTauri de Pierre Gasly, dando bandeira vermelha na primeira curva. Isso obviamente tirou o foco do GP da Fórmula 1, mas, ao mesmo tempo, manifestantes do grupo ativista Just Stop Oil correram para a pista durante a primeira volta. Lewis e Sebastian Vettel se posicionaram sobre o caso.
No início da semana, a polícia de Northamptonshire alertou que havia uma “fonte confiável” que afirmou sobre a possibilidade de um protesto ocorrer no GP de Fórmula 1. O que, de fato, ocorreu. E 7 pessoas foram presas no último domingo (3), após invadirem a corrida.
O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, chamou o ocorrido de “completamente irresponsável e perigoso”, pois “colocam vidas em perigo”. Porém, Sebastian Vettel foi mais simpático ao raciocínio por trás do protesto, apesar de condenar sua forma de protesto.
“Acho que deve acontecer conversas sobre isso. E acho que todo mundo é livre para ter sua própria opinião sobre isso”, disse Vettel à imprensa, onde Lewis Hamilton também esteve presente. “Acredito que essas pessoas não agem por frustração, mas sim porque estão desesperadas. E simpatizo muito com seus medos e ansiedades. Acho que todos que entendem o tamanho do problema que está chegando até nós”, afirmou, por meio de coletiva de impresna.
O piloto da Aston Martin, porém, condenou a forma que os protestos foram realizados durante o GP da Fórmula 1.
“Por outro lado, vejo também a maneira da Fórmula 1 de enxergar. Há pessoas tentando impedir grupos de fazerem esse tipo de coisa. Isso porque, ao fazer isso, você está arriscando pessoas envolvidas no Grande Prêmio, como pilotos, fiscais. Então, há dois lados. Acho que a mensagem foi muito clara e, como eu disse, simpatizo completamente com seus medos e ansiedades”, concluiu Vettel.
Lewis Hamilton também acrescentou comentários sobre o ocorrido, admitindo que, como Vettel, estava feliz em ver as pessoas “lutando pelo planeta”. No entanto, ele emitiu uma declaração aos manifestantes sobre a segurança para o GP da Fórmula 1.
“Como vimos hoje, este é um esporte muito perigoso”, postou Lewis Hamilton, no Instagram. “Eu não estava ciente do protesto de hoje e, embora sempre apoie aqueles que defendem o que acreditam, isso deve ser feito com segurança. Por favor, não entre em nossos circuitos de corrida para protestar, não queremos colocá-los em perigo”, concluiu o piloto da Mercedes.
A Mercedes refletiu sobre a publicação de Lewis Hamilton, admitindo que o piloto estava “endossando seu direito de protestar, mas não o método que eles escolheram, o que comprometia sua segurança e a dos outros”.
Carlos Sainz, piloto da Ferrari, levou para casa sua primeira vitória na corrida de Silverstone, da Fórmula 1. E o número 1 do pódio deste fim de semana também mostrou apoio às manifestações.
“Acho que as pessoas têm a oportunidade de se manifestar e fazer manifestações onde quiserem, porque é um direito. Mas eu simplesmente não acredito que pular em uma pista de Fórmula 1 seja a melhor maneira de fazer isso e colocar você e todos os outros pilotos em risco”, afirmou o piloto da Ferrari, endossando o discurso de Lewis Hamilton e Vettel. “Então, sim, eu apoio a causa, acho que a Fórmula 1 já está fazendo um ótimo trabalho para tentar chegar ao carbono zero até 2030. E estamos pressionando a FIA para encontrar maneiras de entrar esta direção. Mas é preciso um pouco mais de cuidado, porque você pode se matar e gerar um acidente”, concluiu.
O próximo GP da Fórmula 1 acontece no próximo domingo (10), na Áustria, no circuito Red Bull Ring. Lewis Hamilton, atualmente em 6º, realizou sua melhor corrida da temporada em Silverstone e busca manter o bom desempenho para subir na classificação geral de pilotos.