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Damon Hill ingressou na Fórmula 1 em 1992 para defender a Brabham, no Grande Prêmio da Inglaterra. O piloto substituiu a italiana Giovanna Amatti, que não obteve tanto sucesso na categoria.
Com um equipamento deficiente, Hill só conseguiu disputar mais uma prova naquele ano, o Grande Prêmio da Hungria realizado em Hungaroring.
Em paralelo a fraca Brabham, o britânico também era piloto de testes da Williams, equipe que dominou o mundial com o tecnológico FW14B.
Para 1993, a Williams contratou o francês Alain Prost e promoveu Damon Hill a segundo piloto. Os dois substituiriam Nigel Mansell que migrou para a Fórmula Indy e Riccardo Patrese, que foi contratado pela Benetton.
Nas pistas, Hill auxiliou Prost a conquistar o seu tetracampeonato e disputou posições com Ayrton Senna durante a temporada de 1993. No Grande Prêmio do Brasil, por exemplo, Damon liderava a prova e foi ultrapassado pelo brasileiro em uma corrida atípica, com grande número de abandonos devido as condições climáticas.
A primeira vitória do piloto inglês foi um golpe de sorte no Grande Prêmio da Hungria. Alain Prost largou na última fila devido aos problemas em seu carro. Senna e Schumacher abandonaram e Hill encontrou um caminho para o topo do pódio.
A conquista entrou para a história do esporte e esta foi a primeira vitória de duas gerações na Fórmula 1. Vale lembrar, que Damon Hill é filho do bicampeão Graham Hill.
O inglês voltaria a vencer em outras duas ocasiões, nos GPs da Bélgica e da Itália. Damon Hill encerrou o campeonato na terceira posição, com 69 pontos, atrás de Alain Prost e Ayrton Senna.
Preparação para o título
Em 1994, a Williams recebeu uma nova pintura e um novo piloto, Ayrton Senna. A equipe de Grove tinha como objetivo trabalhar no tetracampeonato do brasileiro e Hill seria o seu escudeiro, no entanto, o projeto não se concretizou. Ayrton Senna sofreu um acidente fatal no Grande Prêmio de San Marino.
Desta forma, Hill foi promovido a primeiro piloto e contou com o auxílio de Nigel Mansell e de David Coulthard durante a temporada. O foco da Williams era derrotar o alemão Michael Schumacher da Benetton, que abriu uma grande vantagem no campeonato.
Por outro lado, o britânico foi beneficiado pelas regras da FIA, que puniram Michael Schumacher em algumas ocasiões no ano. O alemão foi desclassificado no Grande Prêmio da Grã-Bretanha por ultrapassar o safety car e não cumprir a punição, foi banido de duas corridas por ignorar a bandeira preta e desclassificado do Grande Prêmio da Bélgica, após ser constatado um desgaste anormal no assoalho da Benetton.
Com resultados positivos, Hill conseguiu se aproximar de Schumacher na classificação e pôde disputar o título em Adelaide, na Austrália. O final de semana foi favorável para o inglês, que se aproximou da conquista após um erro do alemão na 36ª volta da corrida, porém Schumi retornou para a pista e causou uma colisão com Damon Hill.
Com o abandono do alemão, o inglês levou a sua Williams para os boxes e teve o fim da prova decretado por uma avaria na suspensão dianteira esquerda. Hill foi vice campeão com 91 pontos, um atrás de Schumacher.
No ano seguinte, o piloto repetiria o segundo lugar no mundial de pilotos. A Benetton fechou uma parceria com os motores Renault e dominou toda a temporada de 1995. Schumacher triunfou 9 vezes e conquistou o seu bicampeonato.
Damon Hill o campeão de 1996
O ano de 1996 trouxe uma série de mudanças no circo da Fórmula 1. Schumacher defenderia o seu título pela Ferrari, que estava em um processo de evolução.
A Benetton iniciava o ano com uma nova dupla de pilotos, Jean Alesi e Gerhard Berger. Vale lembrar, que os dois não contariam com a estrutura técnica do alemão, que migrou para a Ferrari.
A Williams apresentava um novo companheiro para Damon Hill, o campeão da Fórmula Indy, Jacques Villeneuve. O canadense assumiu o papel de segundo piloto e auxiliou o britânico durante a temporada.
Damon Hill marcou presença no pódio em dez ocasiões, contabilizou 8 vitórias e somou 97 pontos. Sagrou-se campeão e entrou para a história da categoria pela segunda vez, sendo o primeiro filho de um campeão a conquistar um título na Fórmula 1.
Apesar de um bom retrospecto na equipe, Frank Williams optou em encerrar o contrato do piloto no dia 28 de agosto.
Final de carreira
O britânico assinou com a Arrows para a temporada de 1997 e encontrou uma série de obstáculos no time inglês. Com um carro pouco competitivo, Damon Hill não pôde disputar o título com o Jacques Villeneuve e Michael Schumacher.
Apesar das dificuldades, o grande feito da carreira do piloto aconteceu no Grande Prêmio da Hungria em 1997. A fraca Arrows obteve um bom desempenho com os seus pneus Bridgestone e este fator contribuiu para que Damon Hill tivesse um final de semana brilhante.
Na corrida, o britânico do carro número 1 largou bem e conseguiu liderar grande parte da prova, entretanto, Hill encontrou problemas no acelerador do seu carro. Jacques Villeneuve o ultrapassou no final da prova e Damon subiu no pódio com o segundo lugar.
As duas últimas temporadas do inglês foram pela Jordan, nos anos de 1998 e 1999. Na equipe irlandesa, Damon Hill retornou ao topo do pódio em uma dobradinha com o seu companheiro, Ralf Schumacher, no Grande Prêmio da Bélgica de 1998.
Fora das pistas
Aposentado das pistas, o ex-piloto atua na área empresarial e escreve artigos para publicações de automobilismo. Damon Hill chegou a testar um carro da GP2 Series, porém descartou um retorno ao esporte.
Por fim, Hill também é guitarrista e como músico integrou a banda Conrods e fez uma participação especial na música Demoliton Man, que está presente no álbum Euphoria, lançado pela lendária banda de Hard Rock, Def Leppard.
Damon Hill ao vivo na TV Britânica, com a banda Conrods
Participação do piloto e músico no disco do Def Leppard. A banda é uma das pioneiras do Hard n’ Heavy britânico, ao lado de nomes como Iron Maiden e Judas Priest
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