Faltam dois Grande Prêmios, o da França e o da Hungria, antes que a Fórmula 1 chegue à pausa de verão, que será mais curta: os pilotos voltam à ação entre 26 e 28 de agosto. Nesse meio tempo, o mercado pode trazer surpresas para 2023. Com várias equipes em busca de uma nova dupla e muitos contratos que expiram no final do ano, este intervalo será decisivo nas futuras negociações. Atualmente, são três grandes nomes do grid que detêm a “chave” do mercado, como avalia o jornal “Sport”, da Espanha. São eles Fernando Alonso, Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo.
Rumores sobre Ricciardo na F1
O australiano é o único deles que possui contrato válido para o próximo ano. No entanto, sua continuidade na McLaren não está clara, o que fez o próprio piloto recorrer às mídias sociais para confirmar sua vaga. De fato, Ricciardo garantiu que continua. Assim, os boatos sobre possíveis sucessores, sobretudo após a contratação de Álex Palou pela McLaren, não afetaram seu compromisso com a equipe.
É verdade que Ricciardo tem contrato para 2023, mas as equipes de F1 sempre guardam uma “carta na manga” com cláusulas de liberação. Além disso, depois de 11 GPs, o piloto australiano soma sete corridas sem marcar pontos, acumulando apenas 17 ao todo. Em comparação, seu companheiro de equipe Lando Norris acumula 64. Isso a despeito dos salários, pois Ricciardo ganha 13 milhões de euros, enquanto Norris 4,5. Com Palou, a McLaren já tem três pilotos da Indy na folha de pagamento, além de Pato O’Ward, que testou o MCL35M em Abu Dhabi, e Colton Herta, que estreou na semana passada com um teste em Portugal. Segundo o “Sport”, também a Palou foi prometido entrar na F1 como piloto de testes.
O campeão da Indy conseguiu a melhor equipe do grid da categoria americana e até enfrentou seu poderoso dono, Chip Gannassi, negando-o quando anunciou sua renovação. Independentemente da proposta financeira da McLaren, o piloto do Barcelona não fecharia as portas da melhor estrutura da Indy, se não tivesse garantias de que sua aventura em Woking pode lhe dar uma chance de chegar à F1 – seja na próxima temporada ou em 2024, quando termina o acordo com Ricciardo.
Situação de Alonso
Quanto a Alonso, o espanhol deu a entender na semana passada, na Áustria, que as negociações para a renovação com a Alpine estavam bem encaminhadas. O bicampeão da Fórmula 1 assegurou que na equipe francesa sente-se “como num lar”. Mas depois dos problemas do fim de semana, onde não conseguiu largar a corrida de sprint devido a uma falha na unidade de controle elétrica e após perder posições no domingo devido à estratégia, as dúvidas ressurgiram. Sobretudo depois que o gerente da equipe Otmar Szafnauer colocou mais uma vez o nome de Oscar Piastri na mesa. O jovem campeão de F3 e F2 é atualmente piloto reserva da Alpine.
“Piastri tem potencial para a F1. Ainda não tomamos uma decisão sobre o segundo piloto, mas não tenho dúvidas de que ele está pronto. Aqui você tem todo o clima, os funcionários e o carro que se precisa” , disse Szafnauer. Além disso, afirmou que nem todos os problemas de Alonso se devem à confiabilidade de seu carro. “Há uma variedade de razões por que você não está marcando pontos. Lembro-me de Mick Schumacher batendo nele e o pontão se soltando. Lembro-me da defesa no Canadá contra o Bottas e do pênalti, ou do pênalti em Miami. Tem todo tipo de coisa”, concluiu.
O espanhol não gostou das palavras do chefe, principalmente do termo “segundo piloto”, mas quis manter um tom de cautela. “Nas próximas semanas, ou quando quiser, vou sentar com a equipe e ver quais são suas expectativas, saber qual é o próximo passo do projeto. Sinto-me feliz. Sinto-me em casa na Alpine. Mas nada é cem por cento garantido”, disse.
Mark Webber, ex-Red Bull, agora é o agente de seu compatriota Piastri, que está perto da Williams, emprestado pela Alpine, como substituto de Latifi. Porém, não se descarta uma reviravolta que poderia deixá-lo como parceiro de Ocon em 2023 caso Alonso saia. Também há especulações de que Alonso iria para Aston Martin se Vettel decidir encerrar sua carreira.
Vettel: aposentadoria da Fórmula 1?
O alemão, tetracampeão mundial com a Red Bull, não alcançou seu objetivo de triunfar na Ferrari. Depois de cinco temporadas em Maranello, Vettel partiu para a Aston Martin, que lhe prometeu um forte trabalho que colocaria a equipe em posições de liderança.
Mas a realidade tem sido diferente. Os resultados não seguiram; deste modo, Vettel está em 14º na classificação com apenas 15 pontos. Os rumores sobre sua aposentadoria reaparecem; no entanto, o piloto não se pronunciou sobre o assunto.