Ex-chefe da Fórmula 1 é acionado na Justiça acusado de sonegar R$ 2,5 bilhões
Após disparar contra Lewis Hamilton, Bernie Ecclestone foi acusado de sonegar milhões. Ex-chefe da Fórmula 1 já pagou multa por suborno
Bernie Ecclestone, ex-presidente da Fórmula 1 por quase 40 anos, foi acusado de não declarar impostos ao HMRC (Receita e Alfândega de Sua Majestade), órgão estatal, no valor de 400 milhões de libras (2,5 bilhões de reais). Atualmente com 91 anos, Ecclestone foi alvo de investigação ‘mundial’, que chegou neste valor.
“Podemos confirmar que uma fraude por acusação de falsa representação foi autorizada contra Bernard Ecclestone. Isso segue uma investigação criminal complexa e mundial pelo Serviço de Investigação de Fraudes do HMRC. A acusação criminal refere-se a obrigações fiscais projetadas decorrentes de mais de £400 milhões de ativos offshore que foram ocultados do HMRC”, revelou em nota o HMRC, sobre o ex-chefe da Fórmula 1. “O HMRC está do lado dos contribuintes honestos e tomaremos medidas duras sempre que suspeitarmos de fraude fiscal. Nossa mensagem é clara – ninguém está fora do nosso alcance.”, concluiu Simon York, responsável pelo caso que acusou o ex-chefe da Fórmula 1.
Ecclestone teve uma breve carreira como piloto e foi proprietário de uma equipe: a Brabham, que adquiriu em 1972. Ainda, assumiu o posto de gerente da Fórmula 1 após virar o diretor-executivo da antiga Associação de Construtores da Fórmula 1, em 1978, continuando no cargo até 2017, quando a F1 foi assumida pela Liberty Media.
O ex-chefe da Fórmula 1 é casado com a advogada brasileira Fabiana Flosi e tem uma propriedade no Brasil. Recentemente, foi abordado e condenado a pagar fiança de R$6 mil após ser pego com uma pistola de calibre 32 sem documentação. Em 2013, ainda, chegou a pagar 100 milhões de euros para que um processo no qual era acusado de suborno, na Alemanha, fosse encerrado. Ainda, o ex-mandatário da Fórmula 1 chegou a dar declarações recentes sobre Lewis Hamilton, sugerindo, inclusive, que o heptacampeão mundial se aposentasse e defendendo a fala racista de Nelson Piquet.
Agora, o caso do ex-chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, será ouvido pela primeira vez no Tribunal de Magistrados de Westminster, no dia 22 de agosto.