A atacante equatoriana Ámbar Torres saiu em defesa de suas colegas colombianas, que vêm realizando manifestações antes dos jogos da Copa América Feminina, organizada em seu país.
“É muito importante que nós mesmas possamos soltar nossa voz, porque só assim que nos escutarão”, afirmou a jogadora. Ela disse entender que o futebol feminino ainda é menos rentável, mas que é preciso investir mais para poder receber em troca. “Se não nos apoiam agora, nunca vamos criar algo. Quanto mais visíveis formos, mais apoio teremos”, completou.
Ela disse que também trabalha com melhores condições de trabalho para as jogadoras equatorianas. “Queremos causar muitas surpresas e obter bons resultados na Copa América para realizar uma mudança no futebol feminino de nosso país”, concluiu Torres, que defende o Ñañas, um dos principais clubes da modalidade no país.
Entenda os protestos na Copa América Feminina
Antes de cada um de seus jogos até agora na Copa América Feminina, as jogadores da Colômbia fizeram pronunciamentos pedido “igualdade de condições de trabalho” em busca de “um melhor futuro para as seleções femininas”.
Anfitriã do torneio, a Colômbia venceu o Paraguai na estreia, por 4 a 2, e depois bateu a Bolívia por 3 a 0. Lidera o Grupo A com 6 pontos e folga na terceira rodada. Já o Equador derrotou a Bolívia por 6 a 1, na maior goleada da competição até agora, e folgou na segunda rodada.
As equatorianas voltam a jogar nesta quinta-feira, às 21h (de Brasília), contra o Chile, maior decepção da Copa América Feminina até agora. O time da goleira Christiane Endler, considerada a melhor do mundo, perdeu por 3 a 2 para o Paraguai, com falhas da goleira que atua no Lyon.