16 anos depois: Marcelinho Carioca revela bastidores de briga com Mascherano no Corinthians

Marcelinho Carioca é um dos maiores ídolos da história do Timão. Ele venceu dois Brasileiros, uma Copa do Brasil, quatro Campeonatos Paulistas, além do Mundial de 2000. Já em fase final da carreira, o ídolo voltou ao clube em 2006. Mas, ficou marcado mais por uma confusão do que pelo futebol jogado.

A confusão marcante foi com o ex-volante Mascherano, que era um dos grandes destaques de um Corinthians estrelado, com investimentos da MSI. Campeão Brasileiro de 2005, ao lado de Tevez, Nilmar, Carlos Alberto e companhia, Mascherano teve uma carreira brilhante, principalmente com a camisa do Barcelona, onde venceu duas vezes a Liga dos Campeões.

A confusão entre os dois craques foi durante um treino. Marcelinho deu uma entrada dura em Mascherano, que não gostou e foi tirar satisfação. Pouco tempo depois, ambos deixaram o clube. Mascherano foi vendido para o West Ham e Marcelinho foi dispensado.

O Corinthians ali vivia uma crise, após ser eliminado para o River Plate na Libertadores. A torcida invadiu o campo do Pacaembu e o jogo foi encerrado aos 40 minutos do segundo tempo por falta de segurança.

Marcelinho revela bastidores da briga

16 anos após a briga, Marcelinho Carioca, em entrevista ao “Deu Zebra Cast”, contou detalhes da confusão com o argentino.

“O Mascherano me deu a primeira porrada, depois a segunda e eu pensei ‘tem alguma coisa errada’. Na terceira, eu virei e falei: ‘Geninho, eu vou dar uma porrada nele’. Eu dei uma só e ele veio reclamar, fui andando e ele me empurrou. O Geninho falou: ‘Masche, você deu três porradas nele e ele te deu só uma, mas você ainda quer brigar?’. Nisso, ele tirou o colete e saiu do treino”, explicou o ex-camisa 7.

Depois, Marcelinho conta que Mascherano pediu desculpas pela confusão e revelou um detalhe de bastidor envolvendo outro argentino.

“Acabou o treino e eu fui para a musculação. O Mascherano foi lá e pediu desculpa. Depois, ele foi falar para mim que o Kia (Joorabchian) não queria que eu jogasse junto com o Tevez. O Tevez tinha que ser a estrela do time, assim como tinha sido em 2005. E quem mandava era ele (Kia), relevou Marcelinho.

Kia não gostava do Marcelinho

Na época, o poderoso Kia Joorabchian era quem mandava no Corinthians. Através da empresa MSI, Kia contratava e mandava no elenco corintiano.

Marcelinho Carioca afirmou que o presidente Alberto Dualib bancou a sua contratação, mas Kia não gostava dele. E por isso, Marcelinho não conseguiu ter oportunidades no time.

“Eu fui contratado, mas não treinava junto com o pessoal. Quando eles treinavam no Parque Ecológico, eu ia para o Parque São Jorge e vice-versa. Eu pensei: ‘sou um prisioneiro? Um intruso?’. Eu tinha um contrato de dois anos, ganhava um dinheiro do c…, mas a questão financeira era secundária, a questão era minha relação e história com o Corinthians. O Alberto Dualib me bancou, mas quem mandava já era o Kia”, desabafou o ídolo, que foi dispensado 6 meses após ser contratado.