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Presidente da Ucrânia autorizou o retorno do Campeonato Ucraniano mesmo com guerra e a Federação local estuda a melhor data; confira os detalhes
O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky autorizou a UAF (Associação Ucraniana de Futebol) a preparar o retorno das competições profissionais no país, que estão paradas desde o início da ofensiva militar da Rússia no dia 24 de fevereiro.
Quem confirmou a surpreendente informação foi Andriy Pavelko, presidente da entidade, em entrevista concedida à agência de notícias AP.
“Falei com o nosso presidente Volodymyr Zelensky sobre o grande poder do futebol para ajudar as pessoas a pensar no futuro, porque todos estão focados na guerra”, comentou o dirigente.
“Das crianças aos idosos, todos estão preocupados com a guerra. Todos os dias eles recebem informações sobre mortes, sobre o impacto da guerra”, continuou.
“Por isso, tomamos com o presidente a decisão de retomar o Campeonato Ucraniano a partir do mês de agosto”, revelou Andriy Pavelko.
Entre as competições que serão retomadas em meio à guerra estão a primeira, a segunda e a terceira divisões do futebol masculino do país, assim como a primeira divisão feminina.
“Todas essas ligas vão começar em agosto. A decisão foi tomada com o presidente da Ucrânia”, reforçou o presidente da UAF, que revelou ter conversado com Gianni Infantino, presidente da Fifa, e Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, sobre a volta do futebol local.
“Informei a eles que retomaremos os campeonatos em tempo de guerra na Ucrânia, mesmo debaixo de bombas. E contamos com o apoio deles. Estamos discutindo detalhes”, finalizou Pavelko.
A temporada 2021/2022 do Campeonato Ucraniano foi interrompida na 18ª rodada, quando o Shakhtar Donetsk liderava com dois pontos de vantagem sobre o Dínamo Kiev (47 a 45).
A Federação local, no entanto, não atribuiu o título ao Shakhtar, mas decretou que a ordem do campeonato na ocasião seria mantida para determinar o acesso às competições europeias na próxima temporada.
Vale lembrar que o Ucraniano deverá ser retomado sem jogadores estrangeiros, já que todos os atletas não-ucranianos foram autorizados a acertar com outros clubes do mundo. Alguns brasileiros, inclusive, retornaram ao Brasil por empréstimo.
