Em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN, Rafinha recordou os momentos que viveu no Flamengo. Apesar de ter feito parte de um dos times mais vitoriosos do Rubro-Negro, o clima nos bastidores não deixou de ser agitado entre 2019 e 2020. Mediante as intrigas políticas, o jogador, atualmente no São Paulo, relatou que o clima ficou próximo ao de uma bomba-relógio, cenário que se mantém em 2022.
Neste cenário, os próprios jogadores, em sua época, atuavam para que o ambiente não ganhasse um aspecto pesado. Como não está no clube, Rafinha prefere opinar apenas sobre a situação em seu período no Ninho do Urubu, brincando sobre os bons momentos que viveu, apesar dos atritos internos.
“O Flamengo é muito intenso. Todo dia tem uma coisa diferente. É difícil falar de fora, sabe? ‘Ah, precisa de um ‘mister’ para acalmar os ânimos e trazer todo mundo a favor’. Não! Só pode falar quem está lá. O Flamengo é uma bomba-relógio. É ala (que fica) para não explodir. Tu vai ali, dá uma amenizada… E a torcida do Flamengo, o Rio de Janeiro inteiro é Flamengo. Se ele ganha, o Rio de Janeiro está tranquilo. Se perde, fica todo mundo de mal humor. Mas quem pode responder isso é quem está lá dentro. Vou ficar com nossa época que foi boa (risos)”, afirmou.
No momento, a situação do Flamengo justifica uma crise maior nos bastidores. Isso porque Paulo Sousa não é unanimidade entre os membros da diretoria e membros do Conselho, mas o técnico segue respaldado por Rodolfo Landim.
PASSAGEM HISTÓRICA E POLÊMICA SOBRE VOLTA AO FLAMENGO
Mesmo com status de titular absoluto, Rafinha decidiu deixar o Flamengo em 2020 para se juntar ao Olympiacos. Sendo assim, a decisão causou uma mágoa na diretoria, já que o retorno do lateral foi vetado alguns meses depois. Desejando voltar ao clube, o atual defensor do São Paulo deixou claro que não fez uma pedida alta.
“O treinador me queria, o departamento de futebol todo me queria. Os torcedores me queriam. A parte financeira já deixei claro que não era o problema. Vou repetir: flexibilizei o máximo que poderia para receber meu salário em 2022. Claro que eu fui vítima de uma guerra política. Não tenho culpa disso. Podem estar zangados com o Olympiacos, respeito. Tenho muito carinho. Não foi isso que alegaram. Falaram que era parte financeira. Eles têm essa guerra, eu não sabia também. Eu paguei o pato, fiquei 35 dias esperando tomarem decisão e não deu certo. Pula para o outro lado e tinha as pessoas que eu soube que não queriam minha contratação. Eu sou profissional. Todo mundo sabe o carinho que tenho pelo Flamengo. Me tratam como ídolo, eu triunfei aqui, fui campeão aqui. Esse casamento deu certo, ninguém vai apagar essa história”, relatou ao SporTV.