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Home Tênis No auge aos 26 anos, Bia Haddad vive melhor fase da carreira às vésperas de Wimbledon

No auge aos 26 anos, Bia Haddad vive melhor fase da carreira às vésperas de Wimbledon

Tenista brasileira superou uma série de lesões e uma suspensão por doping e celebra seu melhor momento com dois títulos na grama

Fernando Cesarotti
Jornalista.

Aos 26 anos, a tenista brasileira Bia Haddad celebra a melhor fase de sua carreira no tênis mundial às vésperas do torneio de Wimbledon, o mais tradicional torneio do mundo, que começa na próxima segunda-feira.

As conquistas dos torneios de Nottingham e Birmingham, nas últimas duas semanas, torneios também disputados em quadras de grama, como preparação para o terceiro Grand Slam do ano, foram as primeiras de nível WTA da carreira de Bia.

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As conquistas a levaram pela primeira vez ao top 30 do ranking da WTA, ocupando a 29ª posição – a melhor de uma tenista brasileira na história, já que, quando a gigante Maria Esther Bueno ganhou sete Grand Slams (três Wimbledo, em 1959, 1960 e 1964, e quatro US Open, em 1959, 1963, 1964 e 1966) e foi considerada uma das melhores do mundo, o esporte ainda era amador e o ranking nem sequer existia – assim como a própria WTA.

“Tenho as pessoas certas ao meu lado. Ninguém sabe o quanto trabalhamos nos últimos dois anos. Eu tive muita força e determinação”, disse Bia após a vitória sobre a chinesa Zhang Shuai na decisão de Birmingham, no domingo passado. Na semana anterior, ela tinha sido campeã em Nottingham.

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Começo atribulado

Filha de um ex-jogador de basquete que também dava aulas de tênis, a paulistana Bia começou a treinar ainda na infância no Sírio, clube da zona sul de São Paulo famoso entre outras coisas por ter sido campeão mundial de basquete com Oscar Schmidt como estrela, em 1979.

Mas, antes mesmo de concluir seu processo de profissionalização, começou a sofrer com problemas físicos: primeira uma luxação no ombro, depois da descoberta de três hérnias na coluna. No fim de 2016, conseguiu voltar ao top 200 e recebeu um convite para o Aberto da Austrália do ano seguinte, mas ficou fora depois de fraturar três vértebras em um acidente doméstico.

Depois disso, voltou a registrar bons resultados, ainda que sem nenhum título, e alcançou um posto entre as 60 melhores do mundo, quando acabou pega num exame antidoping e suspensa provisoriamente.

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Até conseguir provar que o resultado positivo tinha sido provocado com uma contaminação cruzada, por erro de uma farmácia de manipulação na produção de vitaminas, Bia Haddad passou 10 meses parada.

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Quando voltou, a pandemia de covid-19 já havia suspendido os torneios e provocado o adiamento das Olimpíadas de Tóquio-2020. Retornou às quadras somente em setembro de 2020, como número 1.342 do ranking da WTA.

Momento de alta

Nestes quase dois anos, Bia se recuperou no ranking e acumulou vitórias contra tenistas de ponta, como a romena Simona Hale, a quem bateu nas semifinais de Birmingham, na semana passada,

No auge da forma, Bia não quis saber de descanso. Nesta quarta-feira, ela alcançou as quartas de final do torneio de Esatbourne, última parada antes de Wimbledon. Completou 12 vitórias seguidas na grama e coloca sua invencibilidade recente em jogo nesta quinta, pelas quartas de final, contra a ucraniana Lesia Tsurenko.

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