O armador John Wall renovou seu contrato com o Houston Rockets por mais uma temporada, com salário estimado em US$ 47 milhões. Segundo o jornal The Athletic, o jogador exerceu seu direito na chamada “player option”, recurso que permite ao atleta renovar o contrato por mais uma temporada sem precisar de negociações ou se tornar agente livre (free agent).
A decisão agora da franquia texana é: o que fazer com o jogador que já recebeu essa mesma bolada pela última temporada, equivalente a pouco mais de R$ 200 milhões, sem atuar um segundo sequer?
Em fase de reconstrução na NBA, o Rockets buscou trocas envolvendo Wall durante toda a última temporada, mas não encontrou um negócio que parecesse melhor do que isso. Aos 32 anos, Wall segue fora dos planos da franquia, pela qual disputou efetivamente apenas a temporada 2020/21, com médias de 20,6 pontos e 6,9 assistências por jogo em apenas 40 partidas disputadas.
O que vem atrapalhando o Rockets é que as negociações em geral oferecem outros jogadores, enquanto a equipe está mais interessada em escolhas de draft – Lakers e Clippers até mostraram interesse, mas não se animaram a perder escolhas em nome de um veterano que ocupa tanto espaço no teto salarial.
Os Rockets ainda podem encontrar uma última saída: exercer o buyout, que pelas regras da NBA significa dispensar o jogador e pagar o salário até a próxima off season. Nesse intervalo, Wall poderia acertar com outra franquia como free agente, neste caso pelo salário mínimo de veteranos, de 2,6 milhões de dólares.
Primeira escoha do draft de 2010, pelo Washington Wizards, Wall jogou pela franquia da capital até 2020, quando foi parar no Rockets envolvido na troca que colocou Russell Westbrook no Wizards. Apesar do bom desempenho em números, ele não se deu bem com os dirigentes texanos e hoje se vê numa condição complicada quanto a seu futuro na NBA – ainda que com um bom dinheiro no bolso.