E ela chegou lá. Bia Haddad conquista o WTA 250 de Nottingham, na Inglaterra, ao vencer a norte-americana Alison Riske, 40ª do ranking, por 6/4, 1/6 e 6/3 em 2h18 de partida. Com o resultado, feito na grama, a brasileira de 26 anos, vai para o 32º lugar do ranking mundial. A atualização sai na próxima, segunda-feira, 13 de junho. Essa será a melhor marca da tenista em simples.
“É incrível. Eu vim sem muita expectativa, porque não existem muitas quadras de grama no Brasil. O pensamento inicial era evoluir meu jogo, aqui. Agradeço a torcida e ao meu staff pelo apoio. Vou jogar o (WTA) de Birmigham e Eastbourne, até chegar Wimbledon. Vamos ver o que acontece”, disse Bia na entrevista coletiva, ainda em quadra, neste domingo, 12 de junho.
Bia Haddad é apenas a segunda brasileira a ganhar um título na grama na era aberta do tênis feminino. Antes dela, o último título tinha sido da história Maria Esther Bueno, no aberto de Manchester, de 1968.
Maria Esther ganhou Wimbledon em 1959, 1960, 1964,1965 e 1966. Mas todos esses títulos vieram na dita fase amadora do tênis.
Bia Haddad na final de duplas
Agora, Haddad se concentra para a final de duplas ao lado da chinesa Shuai Zhang, número 4 do mundo na modalidade, para enfrentar a romena Monica Niculescu e a norte-americana Caroline Dolehide. O prêmio em dinheiro para a campeã de simples é de US$ 33.200. Já a dupla campeã divide US$ 12 mil, enquanto as vice-campeãs recebem US$ 6.700. A partida acontece nesse domingo, ainda.
Doping e o ano de 2022
A atual fase da brasileira vem depois de um “gancho” pesado por doping: foram 10 meses de suspensão pelo uso de dois anabolizantes sintéticos – o SARM S-22 e o SARM LGD-4033. O exame foi feito no começo de junho, enquanto ela disputava Challenger de Bol na Suíça. O veredicto veio no começo de 2020 e Bia teve sua pontuação zerada na WTA.
Só em 2022, ela já atingiu a semifinal do WTA 250 de Monterrey em quadra dura e o título do 125 de Saint Malo, torneio francês no saibro.