O beach tennis é um dos esportes da moda. Vem crescendo em praticantes e em locais de jogo em todo o país, virando uma oportunidade de entrar em forma e se divertir aproveitando características de vários esportes. Para quem quer ir além, também há torneios sendo disputados em vários lugares do Brasil.
O esporte também tem seu lado profissionais: Brasíliia sediou no fim de semana uma etapa do circuito mundial, bancado pela ITF (Federação InternacionaL de Tênis), a mesma entidade que organiza torneios do tênis tradicional.
Nos tópicos abaixo, você vai entender como o esporte surgiu e conhecer suas principais características para entender essa mistura de tênis com vôlei de praia e até pitadas de badminton.
A origem do beach tennis
É verdade que sempre se pôde ver nas praias brasileiras gente brincando com bolinhas de tênis e raquetes de madeira, na brincadeira conhecida como frescobol. Mas a origem do beach tennis como é disputado hoje vem da Itália, ainda nos anos 1970, “inventado” por tenistas de férias na época em que o esporte começava a se profissionalizar.
Mas foi só a partir da década de 2000 que o beach tennis como é disputado hoje começou a se organizar de fato e passou a ser coordenado pelo ITF, ganhando um circuito que reúne mais de 300 torneios mundo afora, inclusive com premiação em dinheiro.
A pontuação
A principal característica que o beach tennis importou do tênis de quadra foi a pontuação, dividida em games e sets, com a mesma pessoa sacando dentro de cada game. Só que não há segunda chance de saque em caso de “queimar” a rede e cair para o outro lado: é ponto para o adversário.
A pontuação no game também é a mesma do tênis: 15, 30, 40 e vitória. Mas, para que o jogo se torne mais dinâmico, não é necessidade de vitória com dupla pontuação de vantagem: se houver empate em 40/40, quem fizer o primeiro ponto ganha o game.
A raquete e a bola
Aí a coisa começa a se distanciar um pouco do tênis. As raquetes usadas no beach tennis não são encordoadas como as da quadra, e sim maciças, feitas de material leve, como fibra de carbono, e eventualmente com alguns furos para reduzir a resistência do ar. De toda forma, o movimento das raquetes acaba sendo mais lento, deixando a batida com menos força.
As bolas também contribuem para isso. São parecidas com as bolinhas de tênis, feitas no mesmo material, mas com menos pressão – ou seja, mais murchas. Nas lojas, elas costumam ser vendidas na cor laranja para se diferenciar das amarelas do tênis. Com isso, o jogo se torna mais lento, e se torna relativamente parecido com o badminton – que até usa raquetes encordoadas, mas uma peteca que flutua muito mais que uma bolinha de tênis tradicional.
A quadra e a rede
Outra característica que assemelha o beach tennis ao badminton é a rede suspensa. Embora tenha furos pequenos para evitar que a bolinha passe pelo meio, ela fica a uma altura que varia de 1,70m, para jogos femininos e de jovens, a 1,80m, para jogos masculinos.
O tamanho da quadra varia de acordo com o número de jogadores: nas partidas de duplas, são 16m de comprimento por 8m de largura, exatamente a mesma medida do vôlei de praia. Já nos jogos de simples, o comprimento é o mesmo, mas a largura é reduzida para 4,5m.
A dinâmica do beach tennis
Ao contrário do tênis tradicional, em que o atleta pode deixar que a bola toque o chão uma vez antes de cada ponto, no beach tennis o jogo é sempre no ar. Se a bolinha bater no chão, é ponto do adversário. Se bater em cima da risca, é considerado dentro.
Por causa do peso da bolinha, os movimentos muitas vezes são mais similares ao badminton, com muito uso de voleios, de lobs (as bolas de baixo para cima que tentam encobrir o adversário) e drop-shots, a chamada “deixadinha” que tenta enganar o adversário com um lance de efeito.
Os smashes, ataques de cima para baixo, também aparecem, mas com menor frequência, já que, como a rede é bem mais alta que a de tênis, que tem cerca de 1m de altura, acertar o golpe é bem mais difícil.
Já o saque geralmente é dado como no tênis tradicional, com um golpe de cima para baixo – mas, ao contrário da versão original, sem preocupação com o lado da quadra de onde sai ou onde precisa cair. Só nos jogos de duplas mistas é que há uma restrição: os homens só podem fazer o saque “por baixo”, para evitar o uso de força desproporcional.
Nesta semana, é a vez de Londrina receber um torneio do circuito da ITF, com distribuição de 3 mil dólares em prêmios para os profissionais.