O estádio de Wembley terá nesta quarta-feira (1) um grande duelo esperado pelo futebol mundial de seleções. Itália e Argentina se encontrarão no mítico estádio inglês para a disputa da Finalíssima, um novo torneio criado em conjunto pela UEFA e Conmebol com os vencedores da Eurocopa e Copa América se enfrentando.
A criação deste torneio foi possível por dois motivos: o primeiro deles ocorre pelo fato da Copa América ter sofrido ajuste de calendário para ocorrer no mesmo período da Euro. O segundo motivo é político, com a aproximação entre UEFA e Conmebol principalmente contra as propostas da FIFA para o novo formato da Copa do Mundo.
Dentro de campo, Itália e Argentina chegam em momentos absolutamente distintos e o Torcedores.com colocará você por dentro de tudo o que cerca este importante jogo no calendário do futebol mundial em junho.
Itália busca iniciar processo de reconstrução na Finalíssima
A Itália se consagrou em Wembley com a conquista da Euro disputada em 2021 nos pênaltis diante da Inglaterra, superando um estádio lotado de ingleses e um clima que entregava um “otimismo exagerado” por parte do público local.
No entanto, quando tudo indicava que a seleção comandada por Roberto Mancini conseguiria deslanchar de vez, dois empates consecutivos e a derrota para a Macedônia do Norte nos playoffs das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo causaram um impacto inesperado com a Itália fora da próxima Copa do Mundo.
Com isso, toda a euforia com a volta de um campeonato nacional forte e o ressurgimento da seleção da Itália acabou cedendo lugar à uma enorme frustração da torcida local. Por isso, a Finalíssima está sendo encarada pelos italianos como um primeiro passo de um recomeço, como disse Lorenzo Insigne na coletiva pré-jogo.
Argentina viverá seu maior teste com Lionel Scaloni
Do outro lado a situação é completamente diferente. A seleção da Argentina chegou desacreditada na última Copa América realizada em território brasileiro sob comando do técnico Lionel Scaloni. Mas durante a campanha, um padrão de jogo foi surgindo e Lionel Messi acabou sendo o protagonista da competição.
Vivendo seu melhor momento com a camisa da seleção argentina, Messi comandou o título continental dos “hermanos” em pleno Maracanã, um momento que entrou para a história do futebol local. Desde então, a Argentina acabou subindo ainda mais o seu nível de desempenho e tornou-se um competidor à altura do Brasil no continente.
Classificado em segundo lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas, a Argentina terá na Finalíssima o seu maior teste até aqui contra uma das melhores seleções do futebol mundial e um rival europeu de nível técnico considerável, buscando aprimorar ainda mais a preparação para a Copa do Mundo no Catar. Muitos consideram que apesar do nível técnico inferior em relação à seleção brasileira, os argentinos estão entregando melhor performance.
PONTOS PARA SEREM OBSERVADOS NO CONFRONTO
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Argentina: está atualmente em uma sequência de 31 jogos invicta. A última vez que perdeu uma partida foi contra o Brasil na Copa América de 2019.
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Itália: possui um retrospecto de duas vitórias, duas derrotas e dois empates cada nos seis jogos anteriores.
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Giorgio Chiellini: fará sua última aparição pela Itália na quarta-feira. Com este jogo, completará 117 jogos pela Azzurra, empatando com Daniele De Rossi como o quarto jogador que mais atuou pela seleção.
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Lionel Messi: é o jogador que mais disputou jogos na seleção argentina, com 160 partidas. O capitão da Albiceleste também é o maior artilheiro de todos os tempos, com 81 gols.
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Clean sheet e retrospecto: Argentina ficou três jogos sem sofrer gols nos últimos cinco jogos, enquanto a Itália teve apenas uma derrota nos cinco jogos anteriores. Esta única derrota foi justamente contra a Macedônia do Norte.