O Corinthians pode terminar o mês de maio na liderança do Brasileirão, além de estar classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil e Libertadores. Mas isso não impede do time estar sendo criticado por parte da mídia esportiva e da torcida.
Isso porque o Timão não vem tendo atuações convincentes nos últimos jogos. Essa análise inclusive é compartilhada por Vítor Pereira, treinador do clube. Em entrevista coletiva ele explicou a mudança do time jogar.
“Eu admito que começamos a trabalhar no 433, começamos a dinamizar o sistema ofensivo com os comportamentos que nós pretendíamos, mas estávamos com problemas defensivos.
A pressão na perda de bola, muitas vezes ela estava sendo ultrapassada com muita facilidade. Não estava sendo efetiva. Pensamos que tínhamos que achar um sistema alternativo para sermos competitivos e dar resposta.
Essa alternância nos fez cair em termos de qualidade do jogo, mas eu tinha que experimentar. Apesar de não perdemos há 8 jogos, não estamos jogando no nível que eu gostaria. Os resultados estão melhores que as exibições, mas para dar resposta ao problema que percebemos.
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“Minha preocupação tem que ser olhar para dentro do grupo, preparar os jogadores ao lado do departamento médico para estamos o mais forte possível. Sendo que eu conheço do pouco tempo que tenho, da alternância de sistemas, que nessa altura, vamos insistir novamente no nosso sistema base, que é o 433. Pode ter uma mudança ou outra, mas sem alternar tanto. Isso afetou nossa qualidade do jogo. É fato.”
Pés no chão para a temporada
“Vamos estar competitivos, estar vivos na luta nas três competições, mas não nos coloquem lá em cima. Nos deixem trabalhar, jogo a jogo. Não vamos vender uma ilusão, não vim para fazer promessas. Vim aqui para dar o melhor de mim.
Esse calendário, este ano em especial, não permite que uma equipe dispare. Para isso seria necessário ter um elenco com três equipes para dar resposta em todos os jogos. O calendário não promove um bom futebol.
O Brasil tem muitos bons jogadores e qualquer equipe pode perder pontos em qualquer hora. É a questão da qualidade dos times, com mais clubes lutando por título, pelos primeiros lugares. É um campeonato difícil, exigente. Nem tem tempo para sofrer.”
Desafio de Vítor Pereira no Brasil
“Eu quando aceitei o desafio do Duilio e da direção do Corinthians sabia que vinha para uma maratona complicada. Aqui não é uma prova de 100 metros. Estar na liderança não significa muito, significa estar no grupo da frente, estar competitivo. Claro, é melhor estar na frente do que atrás, mas é uma maratona tremenda.
Viagens longas, espaço entre jogos curtíssimo, adversários difíceis. Sair de uma cidade com frio para outra quente. A mídia influencia no estado de espírito dos jogadores. Até a escalação eu trabalhava estrategicamente no dia anterior, imaginava o adversário, hoje não posso fazer aqui. Porque passada uma hora, a equipe que vai jogar está na mídia. É algo que preciso me adaptar.
Não dou a escalação na primeira reunião. Porque o adversário fica sabendo antes, são adaptações que estou fazendo. O planejamento tem que ser sempre a frente. Não é para decidir só a próxima equipe, mas sim os dois próximos jogos. E eu sabia disso quando cheguei.”