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Virada sobre o Fluminense e noite de redenções não escondem o fato de que o Flamengo sofreu muito mais do que deveria

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa o Fla-Flu deste domingo (29) e as escolhas de Fernando Diniz e Paulo Sousa

Por Luiz Ferreira em 30/05/2022 16:51 - Atualizado há 10 meses

Marcelo Cortes / Flamengo

É verdade que o torcedor do Flamengo teve motivos para comemorar nesse domingo (29). A equipe venceu o quarto jogo seguido na temporada, subiu na tabela do Brasileirão e acabou com a sequência invicta de Fernando Diniz no comando do Tricolor das Laranjeiras. Mesmo assim, o time comandado por Paulo Sousa deixou a impressão de que sofreu muito mais do que deveria diante de um adversário que dava sinais de cansaço pela longa sequência de viagens. E nem mesmo a noite de redenção de Hugo Souza e Andreas Pereira (os melhores em campo na opinião deste que escreve) esconde isso. Por mais que ainda se fale (depois de quase seis meses) que as ideias ainda estão sendo assimiladas, precisamos reconhecer que o Flamengo joga bem abaixo do esperado e segue dependente do talento individual dos seus jogadores. Por outro lado, o time mostrou fluência e bom entendimento em alguns momentos.

Isso porque, apesar dos problemas já relatados anteriormente por este colunista aqui mesmo no TORCEDORES.COM, o Fla tem se mostrado mais competitivo e mais disposto em campo. Diante do que já se viu nessa temporada, é um ganho imenso. No entanto, ainda não é suficiente para acalmar a torcida rubro-negra e o clamor pelo retorno de Jorge Jesus ao clube. Esse assunto será abordado de maneira mais profunda numa outra oportunidade neste espaço. Mas é possível dizer que qualquer treinador que assuma o clube hoje, amanhã ou daqui a dez anos terá que conviver com a “sombra” do Mister. Paulo Sousa sabe muito bem disso e sabe que a pressão vai aumentar ainda mais caso os resultados não apareçam.

É por isso que a virada sobre o Fluminense (mesmo com o time jogando muito abaixo do que já jogou sob o comando do “Romântico”) deve ser comemorada. Ainda mais sabendo que o Tricolor das Laranjeiras vinha de uma sequência de sete jogos sem derrota sob o comando de Fernando Diniz e mostrando um bom desempenho no âmbito geral. E isso não é nada além de uma tentativa de se olhar o “copo meio cheio” diante de tanta confusão que rondou o Flamengo nessas últimas semanas. Por outro lado, está bem claro para este que escreve que o Flamengo precisa melhorar e muito se quiser brigar por títulos ainda na atual temporada. E a virada sobre o Fluminense não esconde a atuação ruim no clássico.

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Os primeiros minutos foram todos do Fluminense. Fernando Diniz manteve seu 4-2-3-1 costumeiro com a entrada de Yago Felipe na lateral-esquerda, Jhon Arias no meio e a manutenção de Wellington e André na proteção da zaga. O time controlada o jogo com certa facilidade e abriu o placar com Germán Cano após cobrança de escanteio e desvio de Manoel dentro da área. Aos poucos, o Flamengo foi se impondo no campo de ataque e explorando o lado direito com as descidas de Matheuzinho às costas da defesa e os passes de Everton Ribeiro e Andreas Pereira no meio-campo. O 4-2-3-1 de Paulo Sousa lembrava um 4-2-4 sem referência fixa no ataque quando Gabigol recuava e Arrascaeta avançava por dentro. Aliás, o uruguaio foi visto jogando mais avançado do que o camisa 9 em vários momentos do jogo deste domingo (29). Mesmo assim, o volume de jogo no primeiro tempo ajudou a equilibrar as ações.

Formação das duas equipes no primeiro tempo. Fernando Diniz apostou em Yago Felipe na lateral-esquerda e manteve Wellington e André na proteção da zaga. O Flamengo encontrou dificuldades no começo da partida, mas cresceu quando explorou as subidas de Matheuzinho.

Andreas Pereira empatou a partida aos 33 minutos da primeira etapa e já se consolidava como um dos melhores em campo jogando como o volante do passe vertical que desarrumava a defesa adversária. Ao mesmo tempo, Rodrigo Caio (com um raro senso de posicionamento) conseguia travar os contra-ataques do Fluminense e também participava da construção das jogadas de ataque. Essa superioridade do Flamengo se manteve até os onze minutos do segundo tempo, quando Gabigol recebeu de do mesmo Andreas Pereira (numa das poucas jogadas de aproximação do ataque rubro-negro) e marcou o gol da virada. Depois disso, todo o time de Paulo Sousa recuou e deu campo ao Fluminense de maneira ainda inexplicável. Este que escreve entende que alguns jogadores estão com desgaste físico e precisam ser poupados. O problema estava muito mais na postura do time com a vantagem no placar e com as substituições promovidas pelo “Romântico”.

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Mas foi nesse momento que a estrela do goleiro Hugo Souza brilhou mais forte. O camisa 45 fez pelo menos três grandes defesas e ajudou a segurar o ímpeto ofensivo de um Fluminense que foi para o “abafa” com CINCO ATACANTES pressionando a todo momento. Caio Paulista e Luiz Henrique eram os alas, Matheus Martins vinha de trás junto com Paulo Henrique Ganso e Cano, Willian Bigode e John Kennedy tiraram a superioridade numérica do Flamengo na última linha de defesa. Por mais que Lázaro e Vitinho tivessem campo para atacar, faltava quem segurasse a bola no meio-campo. E esse ponto é o que mais incomoda esse colunista com relação ao time comandado por Paulo Sousa. A equipe simplesmente não consegue controlar as ações por muito tempo e sofre além do necessário em vários jogos. Difícil não concluir que o Mais Querido do Brasil teve muito mais sorte do que juízo no clássico deste domingo (29).

Paulo Sousa mudou a formação do Flamengo para um 5-4-1 depois que Gabigol virou o placar no início do segundo tempo. O time sofreu demais com as investidas de um Fluminense altamente ofensivo e teve em Hugo Souza o grande herói do clássico deste domingo (29).

Há quem afirme que Fernando Diniz errou na escalação de Yago Felipe na lateral-esquerda. O Fluminense sentiu muito a falta de um volante que se lançasse mais ao ataque do que Wellington e André (ambos de características diferentes) e com fôlego para fechar os lados do campo. Ao mesmo tempo, faltou ao treinador tricolor a leitura necessária para fechar o setor diante dos avanços do Flamengo por ali com Matheuzinho e Everton Ribeiro. Como estamos vendo, o clássico deste domingo (29) esteve recheado de detalhes que influenciaram diretamente no jogo. Desde as grandes e redentoras atuações de Andreas Pereira e Hugo Souza (principalmente este último), passando pelo encaixe do time rubro-negro até o gol da virada e chegando na falta de pontaria (e de sorte) de Cano, Willian Bigode, Luiz Henrique e companhia. A quarta vitória seguida na temporada também ajuda a recuperar um pouco da confiança do elenco rubro-negro.

Mas ela não esconde o fato de que Paulo Sousa ainda não encontrou a melhor formação e nem conseguiu implementar seus conceitos num time que parece mais disposto a comprar suas ideias do que em outros tempos. A falta de consistência e a irregularidade do Flamengo ainda são facilmente perceptíveis e isso é um problema gigante para quem sonha em dar voos ainda mais altos do que nos tempos de Jorge Jesus. Mesmo sem o retorno do “Mister”.

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