O Campeonato Inglês já tem seu último representante definido para a temporada 2022/23. O Nottingham Forest venceu o Huddersfield por 1 a 0 neste domingo (29) na final do play-off que decidiu a terceira e última vaga de acesso para a elite do futebol britânico em sua próxima edição.
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Foi um afastamento de cerca de 22 anos por parte do Forest da Premier League, tendo participado do torneio pela última vez na temporada 1998/99. E também significa o retorno à principal liga do futebol europeu de um clube que tem em sua sala de troféus duas taças da Uefa Champions League.
Isso mesmo. A equipe inglesa já foi campeã europeia com um time e um treinador que entraram para a história do futebol europeu e mundial como uma das conquistas mais ‘improváveis’ da história do torneio. E que sempre é relembrada quando se contam dos feitos históricos na Liga dos Campeões.
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Subiu e foi campeão
Para a ampla maioria dos brasileiros, conquistar um título de importância após conquistar o acesso para a primeira divisão não é algo tão corriqueiro. Mas isto aconteceu de algumas formas na Inglaterra e o Nottingham Forest foi um dos agraciados com a promoção e taça nacional.
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Até a temporada 1977/78, o Forest havia participado várias vezes da primeira divisão (que ainda não era a Premier League dos dias de hoje), mas o máximo que o time conquistou foi um vice-campeonato (em 1966/67) e alguns títulos de divisões menores. Na temporada anterior, a equipe havia conquistado o retorno ao Campeonato Inglês ficando em terceiro lugar na Division Two (o então nome da Championship).
Comandados pelo legendário Brian Clough e com jogadores como Peter Shilton, Viv Anderson (um dos primeiros negros a jogar pela seleção inglesa), Martin O’Neill, Peter With, Archie Gemmil, Tony Woodcock, John Robertson, entre outros, o Forest surpreendeu o futebol da Inglaterra ao conquistar o título nacional na primeira temporada pós-acesso. numa grande campanha em que superou o Liverpool, grande time do país no final da década de 70 e começo dos anos 80.
Forest bicampeão europeu
A conquista, obviamente, levou o Forest para a disputa da então Copa dos Campeões da Uefa da temporada 1978/79. A Champions, naquela época, tinha regulamento bastante diferente (apenas os campeões nacionais a disputavam e era mata-mata do começo ao fim) e logo na estreia encarou os Reds, então donos da ‘orelhuda’.
A equipe se livrou dos Reds e, numa campanha cheia de gols, passou por AEK, Grasshopper e Colônia para chegar à decisão contra o Malmö. Em Munique, um gol de Trevor Francis foi o responsável por dar a vitória aos ingleses sobre os suecos e uma conquista histórica do maior torneio de clubes europeu.
Mas seria apenas um ‘acidente’ a campanha? O Nottingham Forest voltou em busca do bicampeonato da Champions na temporada 1979/80. Numa época em que não era difícil ver times conquistar a competição de forma consecutiva, Brian Clough novamente veria seu time fazer história diante dos olhos do Velho Continente.
Öster (Suécia), Arges Pitesti (Romênia), Dinamo Berlin (Alemanha Oriental) e Ajax foram eliminados pela equipe inglesa antes da decisão, disputada em Madri contra o Hamburgo. Novamente por 1 a 0, gol de Robertson, o Forest venceu para se tornar pela segunda vez campeão da Europa.
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O ‘conto de fadas’ do time de Nottingham terminaria na primeira fase da edição 1980/81 da Champions, sendo eliminado pelo CSKA Sofia. O time ainda sobreviveria anos na primeira divisão e jogaria a edição inicial da Premier League, sendo rebaixado naquela mesma temporada. Depois de idas e vindas, caiu ao final da temporada 1998/99 e agora volta para tentar retomar tal época de sonhos,