As declarações do português Vitor Pereira continuam repercutindo na mídia esportiva, principalmente nas figuras mais polêmicas, como do apresentador Milton Neves. Em sua coluna no UOL Esporte, o comunicador mineiro questionou o comandante do Corinthians e fez comparações com Abel Ferreira, ídolo do rival Palmeiras, que já está há mais tempo no futebol brasileiro.
“O fato de que Jesus usou o Mengão como trampolim, enquanto Abel veio para o Verdão para um longo projeto. Mas e Vítor Pereira, que também parece ser um treinador lusitano muito bom que hoje comanda o Corinthians?”, escreveu o comunicador em sua coluna nesta segunda-feira (23).
“Olha, sinceramente, fiquei com a pulga atrás da orelha depois da declaração do profissional após o empate entre Timão e São Paulo, na Neo Química Arena”, questionou Milton Neves em um segundo momento.
“Para mim, a forma que ele falou deixou muito claro que ele não “sairia correndo” apenas para o Liverpool. Se um time médio da Europa chamá-lo, ele até pode fazer um doce, mas irá da mesma forma. Ou seja, ele, assim como JJ, está usando uma equipe brasileira como trampolim”, opinou o apresentador.
No final do texto, Milton Neves voltou a elogiar o técnico do Palmeiras. “Ah, quem dera todos os técnicos portugueses fossem como Abel Ferreira”, completou.
Declarações do técnico Vitor Pereira, do Corinthians
Durante a entrevista com os repórteres na Neo Química Arena, o treinador falou sobre o posicionamento do atacante Róger Guedes dentro de campo e usou uma frase um pouco inusitada e que, fora de contexto, pode gerar ainda mais polêmica.
“Se me perguntar, eu queria treinar o Liverpool, com todo respeito que tenho ao Corinthians. Aqui não é o que queremos, no meu conceito, em termos de jogo, não é o que queremos, é o que a equipe precisa. Às vezes a equipe precisa do Róger na esquerda, em outras é dele no meio, ou na direita”, disse Vitor Pereira.
“Ele tem de ter capacidade de dar resposta ou ter a intenção de dar a resposta. Com compromisso defensivo, ou a equipe se desequilibra. Por isso o 10 de antigamente desapareceu, porque ele ficava à espera da bola. Ele tenta, mas eu preciso de uma resposta mais forte. “Estou aqui para lutar, para jogar 10, 20, 30 ou 90, mas estou aqui para ajudar onde for”. O espírito tem que ser esse para mim”, completou o técnico do Corinthians.