Flamengo: Jorge Jesus revela como “controlava” setor que virou alvo de críticas após sua saída
O primeiro tempo foi medonho, mas pelo menos estou assistindo ao jogo em ótima companhia… pic.twitter.com/kv13IoeAdK
Alexandre Vidal - Flamengo
Treinador tinha comando total de área que virou dor de cabeça no clube
Durante conversa com o jornalista Renato Maurício Prado, que relatou os bastidores do encontro em seu canal no YouTube, Jorge Jesus foi questionado sobre o departamento médico do Flamengo. No momento, o Rubro-Negro vem sofrendo com problemas de jogadores machucados e repetições de lesões, algo que levantou dúvidas sobre o trabalho do setor. Sendo assim, o português recordou que, além de monitorar o desempenho dos funcionários, o time contava uma tecnologia que ajudava a controlar o desgaste físico, ferramenta que foi abandonada pela diretoria.
Além disso, Jesus negou que tenha convidado Márcio Tannure para o Benfica. Após várias saídas no departamento médico e fisiológico do Flamengo, o profissional segue como responsável pela saúde do elenco do futebol profissional.
(Jesus): “Nunca convidei o Tannure para ir ao Benfica. Ele seria um corpo estranho lá. Os outros médicos portugueses não iriam aceitá-lo como chefe (…) Eu ficava em cima (do trabalho), e eles (Flamengo) tinham uma tecnologia para monitorar o desgaste muscular e o corpo do atleta”, disse Jesus segundo relato de RMP.
“Ele disse que essa tecnologia ajudava a prevenir (lesões) a ponto de não poupar um monte de gente. Flamengo desativou tudo isso, perdeu seus melhores fisioterapeutas, fisiologistas e nutricionistas para outros clubes. Pagam mais que o Flamengo. Tem algum cabimento o Flamengo, que fatura R$ 1 bilhão, não pagar salários top para os caras do departamento médico e de fisiologia? “, afirmou Renato Maurício Prado. “O DM do Flamengo, hoje em dia, tem praticamente nada em relação a minha época, só o Tannure“, expressou Jesus.
— Renato M. Prado (@RMPoficial) May 4, 2022
MÁGOA NO FLAMENGO
Além disso, RMP afirmou que existe um sentimento de mágoa com Jorge Jesus. Como o técnico decidiu aceitar a proposta do Benfica, membros da diretoria se sentiram traídos e não cogitam o retorno do português como “vingança”.
“O Jorge Jesus tomou conta do futebol do Flamengo. Dirigente nenhum entrava no vestiário. Ninguém tomava uma decisão que não fosse o Jesus. Quando o Jorge Jesus estava ganhando, eles baixavam as orelhas e batiam palmas. Quando ele foi embora, se sentiram traídos. Para renovar foi um parto, renova e ele vai embora… As coisas ficaram azedas. Essa diretoria é formada por gente vingativa e mesquinha. Mas se o Paulo Sousa afundar antes do dia 20, duvido que eles vão resistir a pressão da torcida”, refletiu.
