Jornalista falou sobre o momento de Paulo Sousa à frente do Flamengo e lembrou do fantasma de Jorge Jesus
Pressionado pela torcida do Flamengo após a derrota na final do Cariocão, o técnico Paulo Sousa ainda convive com a sombra do compatriota Jorge Jesus, ídolo Rubro-Negro e que está disponível no mercado. Após a vitória diante do Talleres-ARG, pela Copa Libertadores da América, o nome do antigo treinador voltou a ser assunto no clube da Gávea.
Em live desta quarta-feira (13) no Twitter do UOL Esporte, pelo programa UOL News Esporte, o experiente jornalista José Trajano falou sobre a pressão em cima do treinador português e defendeu a manutenção no comando técnico.
“Tem que dar tempo ao Paulo Sousa. Ele está impondo uma série de métodos, desde o jogador chegar mais cedo ao treinamento até fazer refeições junto com outros no Ninho do Urubu. Ele está impondo regras que essa moçada, muito metida, muito cheia de si, porque ganhou tudo na época do Jorge Jesus, está muito reticente”, disse o comentarista criticando os atletas do Mengão.
Fantasma de Jorge Jesus no Flamengo
Durante o programa, José Trajano também falou sobre o “fantasma” do técnico Jorge Jesus, que deixou o Flamengo há quase dois anos e, mesmo assim, ainda não saiu da memória da torcida. De acordo com o membro da imprensa, o clube vai ter dificuldades enquanto não esquecer o nome do antigo comandante.
“Agora o Flamengo tem um problema sério. Enquanto o Jorge Jesus não voltar, nada vai melhorar no Flamengo. O Flamengo tem que se livrar do Jorge Jesus. Ou ele volta e vai ser o bambambam de novo ou vai ficar sempre essa imagem ‘olha o Jorge Jesus fez melhor’, ‘o bom era na época do Jorge Jesus. Sendo português então é pior ainda, porque é da mesma nacionalidade”, analisou Trajano.
“Ontem mesmo o Paulo Sousa foi perguntado sobre isso e se incomodou muito. Espera aí, me respeita. O fantasma do Jorge Jesus persiste. Por mais que você começa um trabalho, as pessoas não dão tempo ao tempo, complementou relembrando da fala do técnico Paulo Sousa na coletiva de imprensa após a vitória diante do Talleres-ARG, por 3 a 1.
“Temos que entender que é normal que os torcedores tenham simpatia por alguém, o que não é normal é ter uma certa direção passional por A ou B, por treinador A ou jogador B. Isso não me parece respeitoso mesmo por vocês (imprensa). Mas a nós não afeta. Somos um grupo que deixou claro desde o início com a ideia de jogo”, disse Paulo Sousa.