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Contratações antigas viraram dívidas para a atual gestão do Tricolor
O balanço financeiro divulgado pelo São Paulo ontem (28), registrou uma dívida de R$ 642 milhões em 2021. No fim de 2020, esse valor era de R$ 574 milhões, ou seja, houve um crescimento de 11,8% da dívida de um ano para o outro.
O que chama atenção dessa dívida é que segundo o balanço divulgado, o Tricolor tem uma dívida de R$ 65 milhões com dois poderosos agentes do futebol: André Cury e Giuliano Bertolucci. Valor que pode até aumentar, já que juros e correções monetárias são aplicados na maioria dos casos.
A origem das dívidas são variadas. Para André Cury, por exemplo, há uma dívida de R$ 4,5 milhões pelo serviço de intermediação na venda de direitos federativos de Paulo Henrique Ganso para o Sevilla-ESP, em 2016. Outra venda feita pelo Tricolor e que contou com a participação de Cury foi a saída de Lucas Pratto. Por ter intermediado o negócio com o River Plate, em 2018, Cury deve receber pelo menos R$ 3,7 milhões do Tricolor.
O São Paulo deve ainda mais R$ 4,5 milhões à Link Assessoria Esportiva, de propriedade de André Cury, pela atuação da empresa na contratação do atacante Alexandre Pato, que estava no Tianjin Quanjian, da China. Fora isso, o empresário também teria direito a receber mais uma quantia por ter feito o negócio, mas não recebeu.
E não para! O São Paulo tem, segundo o balanço divulgado pelo clube, uma dívida de R$ 18,7 milhões diretamente com Cury. O time do Morumbi pegou um empréstimo com ele para comprar o atacante Raniel, que estava no Cruzeiro, em 2019. Porém, no fim do mês passado, a Justiça de São Paulo determinou que o clube pague R$ 26 milhões a Cury pelo negócio envolvendo Raniel.
Já as dívidas com o empresário Giuliano Bertolucci são todos relacionados à intermediação na venda de jogadores. O menor valor que Bertolucci tem a receber é da negociação de Thiago Mendes com o Lille, da França, na qual o empresário deve embolsar R$ 578 mil. Pela venda de Helinho ao Red Bull Bragantino, ele tem direito a R$ 2,6 milhões.
O negócio mais caro envolvendo o Bertolucci e o São Paulo é da venda de Éder Militão ao Porto, em 2018. Pela negociação, o agente receberia R$ 21 milhões. Além dessas, há outras negociações com o empresário, como por exemplo, a venda de Antony ao Ajax, na qual renderia R$ 5,1 milhões pra ele. O mais recente negócio envolvendo o superagente e um jogador que era do Tricolor foi a venda do atacante Brenner para o Cincinatti FC, dos Estados Unidos, e que vai fazer Bertolucci ganhar R$ 4,2 milhões.
