Jogador do Manchester City é um dos esportistas mais engajados no conflito entre os dois países e já declarou que desejava uma “morte dolorosa” a Putin
O meia Zinchenko, do Manchester City, concedeu uma entrevista ao ex-jogador Gary Lineker, da BBC, para falar sobre a guerra entre Ucrânia x Rússia. O conflito que está prestes a entrar no seu 11º dia tem sido um tema recorrente nas conversas com o atleta, que não esconde sua tristeza pelos acontecimentos.
[DUGOUT dugout_id=”eyJrZXkiOiJlQ0hybktoZCIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==”]
O astro de 25 anos confessou na conversa que tem se apegado à fé para lidar com as notícias e o celular tem sido um aliado para se manter atualizado sobre os eventos no país. Apesar da distância, Zinchenko está sempre em contato com sua família, que vive na Ucrânia, por telefone e afirmou que se não fosse pela filha, ele estaria lá com eles.
Foi sua mulher Vlada Shcheglova a responsável por informá-lo do início da investida militar de Putin no seu país de origem. Segundo contou, ela estava aos prantos quando o acordou por volta das 3 da manhã no horário do Reino Unido e lhe mostrou os vídeos dos ataques que começavam a circular pela internet.
— Gary Lineker ?? (@GaryLineker) March 5, 2022
Desde que ficou tomou conhecimento da invasão, Zinchenko tem tido dias bastante emotivos: “Eu posso estar dirigindo o meu carro de volta do treino ou em qualquer lugar e eu simplesmente choro do nada. Imagina o lugar em que você nasceu e cresceu e que agora é um espaço vazio”.
Foi desta maneira, inclusive, que ele reagiu às homenagens realizadas no pré-jogo de Manchester City e Everton pela Premier League. O Estádio Goodison Park, situado em Liverpool, foi preenchido por bandeiras da Ucrânia e, sob lágrimas, o atleta aplaudiu o gesto em forma de agradecimento.
Paixão pela Ucrânia e ressentimento com colegas
Em um dos momentos mais comoventes da entrevista, Zinchenko comentou sobre o orgulho que tem pelo seu país: “Eu conheço o meu povo, a mentalidade do meu povo, eles preferem morrer e vão morrer, mas não vão desistir”. Quando perguntado sobre a perspectiva russa, o astro recusou o termo “operação militar” e afirmou: “É guerra de verdade”.
O silêncio dos jogadores russos sobre os recentes acontecimentos é motivo de revolta para o ucraniano: “Fiquei surpreso que nenhum deles [se pronunciou]. Vários estão na seleção e com milhões de seguidores no Instagram, no Facebook… eles poderiam ao menos se posicionarem”.