Carlos Alexandre Tonin foi denunciado pelo lateral Samuel Santos, do Londrina, por supostos xingamentos considerados racistas durante a partida
O torcedor Carlos Alexandre Tonin, do Athletico Paranaense, foi liberado pela Polícia Civil de Curitiba após o pagamento de uma multa no valor de R$ 500. Ele foi acusado pelo lateral do Londrina Samuel Santos de ter cometido injúria racial durante o jogo na Arena da Baixada.
Segundo o ge, o rapaz foi encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil logo após ser retirado por seguranças do estádio e ficou cerca de três horas no local. Ao término do depoimento dado para o delegado de plantão, ele teve a fiança paga por um amigo e foi solto.
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O caso seguirá sob investigação do 2º Distrito Policial, e Samuel Santos, em conjunto com seus advogados, darão continuação ao processo. Na esfera desportiva, o Londrina tentará enquadrar o Athletico no artigo 170 que fala sobre atos discriminatórios e cuja punição prevista vai desde a perda de pontos à exclusão do time do torneio.
Racismo em Athletico x Londrina
O episódio envolvendo Samuel Santos e Carlos Tonin aconteceu pouco tempo antes do fim do segundo tempo quando o atleta se preparava para cobrar um lateral. Ao ouvir o xingamento vindo das arquibancadas, o jogador largou a bola de suas mãos e tentou alertar o árbitro, que acionou a segurança para retirar o torcedor.
Na súmula oficial do encontro vencido pelo Furacão nos pênaltis, o oficial anotou que Samuel teria ouvido as palavras “preto vera verão” direcionadas a ele. O xingamento faz uma referência pejorativa ao personagem vivido pelo ator Jorge Lafond no programa “A Praça é Nossa”, do SBT.
Como forma de repudiar a ação do torcedor rival, o Tubarão publicou uma nota oficial em suas mídias sociais lamentando o ocorrido.
Confira o comunicado na íntegra:
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“Sobre o episódio de racismo envolvendo o atleta Samuel Santos, o Londrina Esporte Clube repudia veementemente atos de cunho racista ou preconceituosos. Informamos, também, que o atleta registrou boletim de ocorrência após a partida contra o Athletico Paranaense, devidamente acompanhado pelo Departamento Jurídico do clube. Lamentamos profundamente a ocorrência desses fatos e ressaltamos que prestaremos total apoio ao atleta.”
Essa foi a segunda vez que o Athletico é envolvido em caso de injúria racial por conta de seus torcedores. No ano passado, um grupo de homens nas arquibancadas e uma mulher no camarote foram flagrados imitando um macaco em direção da torcida do Atlético-MG na final da Copa do Brasil, em Curitiba (PR).