Piloto russo deixou a Haas após a invasão da Rússia na Ucrânia
O russo Nikita Mazepin se pronunciou após a romper o contrato com a Haas. A equipe americana abriu mão do piloto após a invasão da Rússia na Ucrânia. No entanto, ele se vê injustiçado por ter sido sacado da Fórmula 1. Além de Mazepin, a UralKali, principal patrocinadora da Haas, também deixou de estampar os carros da equipe.
“Eu faço a pergunta: não há lugar para neutralidade no esporte? Um atleta não tem o direito a uma opinião, mas a manter a opinião fora do espaço público? Um atleta deveria ser punido por isso? E nós todos queremos que o esporte se torne mais um espaço público para protestos e debates políticos?”, perguntou Mazepin.
Além disso, o piloto natural da Rússia afirmou que vai criar uma fundação para atletas prejudicados pela guerra. “We compete as one” (Nós competimos como um, na tradução), será bancada com o dinheiro da UralKali, empresa de Dmitry Mazepin, pai de Nikita. Incialmente, esse valor seria repassado para a Haas, como patrocínio.
“Todos sabemos que a carreira de um atleta é curta e que requer anos de intenso sacrifício para atuar no mais alto nível. Quando a recompensa final é retirada, é devastador. E ninguém está pensando no que vai acontecer a esses atletas. Eu vou cuidar disso”, afirmou Mazepin sobre a fundação.
Futuro de Mazepin na Fórmula 1
“Eu não vejo a Fórmula 1 como um capítulo encerrado para mim. Vou me manter em condição de corrida. Estarei pronto para aproveitar a oportunidade, se surgir. No momento só estou de olho na F1, em nenhuma outra categoria. Não planejo participar em diferentes séries ou campeonatos. Vou agora focar toda minha atenção e tempo nesta fundação”, afirmou Mazepin.