Polêmica sobre real valor de investimento do Fenômeno na Raposa agitou bastidores do time
A semana do Cruzeiro foi agitada fora de campo, com a polêmica em relação ao contrato de Ronaldo para administrar a SAF do clube, além das condições do acordo de compra do futebol do clube e da verdadeira extensão do investimento do ex-jogador.
No contrato, constaria que o Fenômeno investiria apenas R$ 50 milhões dos R$ 400 milhões esperados, com os restantes R$ 350 milhões vindos de ‘receitas incrementais’, o que significaria que a própria SAF deveria gerar tal valor ou mais para ter o investimento necessário para movimentar a empresa que cuida do futebol da Raposa e o departamento em si. E que este valor só seria investido pelo ex-atleta caso tais receitas não batessem a média pedida.
Tal notícia gerou discussão e críticas de várias personalidades dos bastidores cruzeirenses, criticando as condições do contrato como ‘lesivas ao Cruzeiro e favoráveis a Ronaldo’. Pedro Mesquita, sócio da XP Investimentos e que ajudou na venda da SAF ao ex-atacante, tratou de defender as condições do investimento feito pelo Fenômeno.
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“Fizemos uma mecânica de sarrafo muito algo para o Cruzeiro conseguir receita acima do patamar alto, para que o Ronaldo possa descontar esses R$ 350 milhões que ele poderia investir. Mas ele não poderia tirar mais dinheiro do bolso e comprar o clube com os R$ 50 milhões. Poderia, mas desde que o Cruzeiro tivesse receitas estrondosas todos os anos, mais de R$ 350 milhões, algo nesses parâmetros. Sinceramente, quando penso nisso, acho que é uma receita benéfica para o clube”, disse Mesquita em entrevista à Rádio Itatiaia.
— CRUZEIRO EC. MAIOR E MELHOR DE MG (@JCFCRUZEIROEC) March 19, 2022
A explicação para o contrato e as condições, segundo o dirigente da XP, é tornar a SAF cruzeirense capaz de ‘caminhar com as próprias pernas’. O acordo permitiria que o futebol possa arrecadar verbas e se sustentar sozinho, sem os aportes de Ronaldo ou qualquer outro investidor, e isto também seria favorável para a Raposa em si.
“Será que é melhor o clube gerar R$ 350 milhões com as próprias pernas através de patrocínio, sócios, internacionalização ou melhor um clube que gera R$ 250 milhões e tem R$ 100 milhões de aporte do investidor? Para mim, é incomparável, porque o clube estará em outro patamar de receita daqui a cinco anos. Isso vai fazer com que o Ronaldo trabalhe incansavelmente para aumentar a receita do Cruzeiro. Os dois saem ganhando”, afirmou.