Cruzeiro: Contrato de venda da SAF traz vantagens para Ronaldo Fenômeno; entenda
Rodrigo Sanches/Cruzeiro
Ronaldo teria mais vantagens no acordo do que o Cruzeiro, segundo jornalista do portal GE
A compra da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro pelo ex-atacante Ronaldo Fenômeno tem sido um dos assuntos mais comentados no mundo da bola nos últimos dias. O empresário pediu outras garantias ao clube na última semana, como a transferência de propriedade das Tocas da Raposa I e II, em troca de dívidas tributárias.
Além disso, outro tema bem delicado surgiu nesta quarta-feira (23). O contrato de assinatura realizado em 18 de dezembro foi vazado e vários pontos importantes surpreenderam quem acompanha o clube. O portal GE conseguiu uma das cópias do acordo, um documento com dez páginas, que explica as obrigações de cada uma das partes envolvidas na negociação.
Segundo o jornalista especializado em finanças esportivas Rodrigo Capelo, que escreve a matéria para o portal Globo Esporte, o contrato traz “termos melhores para quem compra do que para quem vende”. Em outras palavras, o acordo é mais vantajoso para Ronaldo Fenômeno.
Veja as obrigações de cada parte
– A obrigação do ex-jogador é desembolsar R$ 50 milhões na aquisição da SAF, ao mesmo tempo, ele está liberado de investir outros R$ 350 milhões restantes.
– O acordo prevê que o agora empresário pode obrigar o Cruzeiro a recomprar a SAF pelo mesmo valor que foi aportado.
– O clube tem a obrigação de regularizar e vender alguns dos seus imóveis, como a Sede Campestre, a sede social de Barro Preto e a sede administrativa. Todo o dinheiro será utilizado para pagar as pendências da equipe.
– O contrato ainda prevê que a SAF terá direito de explorar economicamente as marcas e símbolos do Cruzeiro, sem pagamentos adicionais. Assim como a transferência de todas as atividades relacionadas ao futebol.
Vale lembrar que o ex-jogador tem até o dia 18 de abril para concluir a compra da SAF do clube celeste. Junto do Ronaldo e do Cruzeiro, o diretor da XP Investimentos, Pedro Mesquita, também esteve por trás do acordo. Foi ele quem negociou os termos.
