Com problemas pessoais, Bernadinho deixa seleção da França
Bernardinho foi contratado pelos franceses em abril de 2021
O projeto Paris 2024 levou a Federação Francesa de Vôlei a contratar Bernardinho, mas agora, esse projeto acabou. Com problemas familiares, o técnico brasileiro de 62 anos pediu demissão dos Blues.
“É uma das decisões mais difíceis e dolorosas de toda a minha carreira. Estou muito triste porque amo esta seleção da França, o grupo, os jogadores, a equipe que construímos. Sou muito grato pela confiança que a federação me deu ao longo do ano. Agradeço novamente ao Presidente pelo apoio e compreensão. Recebi uma recepção incrível de todo o vôlei francês e tenho muita dor e frustração por não chegar ao fim do projeto que começamos a colocar em prática. Mas eu tenho que fazer essa escolha, não há outras escolhas possíveis para minha família, que continua sendo uma prioridade.”, diz a nota divulgada por Bernardo, na manhã dessa terça-feira, 22 de março.
Bernardinho chegou ao comando da França em abril de 2021 com um contrato até o fim dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024. No período em que esteve a frente da seleção masculina, o país foi eliminado nas oitavas de final do Campeonato Europeu.
“Tivemos o melhor treinador para cumprir nossos objetivos até os Jogos de Paris 2024 e só posso lamentar essa situação. Mas obviamente compreendo as razões que levaram o Bernardinho a tomar esta difícil decisão e agradeço-lhe por se ter mantido disponível para preparar o resto. Vamos sair desta provação e encontrar a melhor solução para apoiar o projeto em torno da seleção masculina francesa. Os anúncios serão feitos em alguns dias”, esclareceu Eric Tanguy, Presidente da Federação Francesa.
Segundo informações do Le Parisien, uma volta do ex-técnico Laurent Tillie, que esteve à frente dos Blues entre 2012 e 2021, e que agora treina o Panasonic Panthers, no Japão, “não está fora de cogitação”.
Bernardinho: carreira
Como jogador, Bernardinho foi levantador reserva da Seleção Brasileira medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984.
Sua estreia como treinador de seleções foi na seleção feminina do Brasil em 1994. Com a geração de Ana Moser, Ana Paula e companhia, o treinador conquistou duas medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e Sydney (2000).
Na seleção masculina, onde chegou em 2001, conquistou oito Ligas Mundiais, três campeonatos mundiais e quatro medalhas olímpicas: ouro (Atenas – 2004 e Rio de Janeiro – 2016) e prata (Pequim – 2008 e Londres – 2012).