Titular do Corinthians, lateral comentou sobre a pressão que existe em relação aos treinadores brasileiros em comparação aos técnicos estrangeiros
Em meio a especulações em relação ao novo treinador do Corinthians são de que os dirigentes buscam por um profissional estrangeiro. Tudo indica que o Timão será mais um clube brasileiro a dar oportunidade para um técnico de fora do país.
Porém dentro do mundo do futebol, muitos acham que existe um exagero em relação ao trabalho dos profissionais do Brasil. Fagner, titular e um dos líderes do elenco da equipe alvinegra, falou sobre esse assunto nesta quarta-feira (9), ao responder sobre sua experiência fora do país.
“É difícil falar, até porque vão fazer nove anos desde que passei pela Alemanha. Algumas coisas são diferentes e, ao mesmo tempo, temos que ver o trabalho de outra maneira. Se você contrata um treinador estrangeiro, precisar dar tempo para ele conhecer o país, a cultura e o futebol. E muitas vezes esse tempo não existe para um treinador brasileiro, mesmo fazendo um bom trabalho. Um exemplo é Tite, que tem números excelentes na seleção brasileira e vira e mexe falam que ele tem que sair.
Temos que valorizar o que temos no país também. Falam que o jogador que atua no Brasil precisa ir à Seleção, depois questiona-se o nível, se pode enfrentar um europeu. A gente valoriza o de fora e não o de dentro. Quem vier, vai agregar. Precisamos ver o dia a dia. Não adianta falar que vai agregar mais ou menos.”
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Técnicos brasileiros estão atrás dos estrangeiros?
“Eu não diria que (brasileiros) pararam no tempo. Trabalham com a cabeça de que pode sair a qualquer momento. Quero que meu time jogue para a frente. É a cultura do futebol brasileiro, ir ajustando aos poucos. O futebol é feito de vitórias, o cara vive de porradas. Quando vem de fora, há mais tempo, mais paciência, espera quatro ou cinco meses. Acho que isso deveria ser dado ao treinador brasileiro também”, afirmou.
Em seguida, Fagner complementou sobre quem poderia ser o novo técnico do Corinthians.
“Ainda bem que não estou na pele da diretoria (risos). Não tem como falar que prefere A, B ou C. Independentemente do perfil, os atletas vão receber de braços abertos por vitórias e chegar longe nas competições”, finalizou.