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Jogador deixou claro seu problema com Jorge Sampaoli e explicou como deixou o Galo mesmo como artilheiro da equipe
O atacante Ricardo Oliveira, que tem passagens marcantes pelo Santos e ainda defendeu o Atlético-MG, explicou como foi praticamente mandado embora do Galo pelo técnico Jorge Sampaoli.
Em entrevista ao Resenha ESPN, dos Canais Disney, ele abriu o jogo sobre sua relação com o treinador argentino. Segundo ele, quando já havia deixado o Santos para defender o Atlético-MG, Sampaoli o ligou pedindo para que ele forçasse sua volta ao Peixe.
“Ele me ligou, tem no meu telefone as mensagens, falei com ele… Ele ligou e falou assim: eu quero que você venha para cá, porque você é o jogador que eu preciso, eu preciso de um cara como você, para colocar a bola para dentro. Eu vi o que você está fazendo”, teria dito Sampaoli ao centroavante, que o respondeu.
“Falei assim: ‘Cara, pô, legal, bacana. Mas a gente tem um problema. Eu tenho um contrato, né. E eu acabei de chegar no Atlético. E eu saí do Santos e fechei com o Atlético. Então a gente tem um problema. A gente vai precisar conversar com o Atlético para ver se existe essa possibilidade’. E ele falou assim: ‘Não, não dá para conversar com o Atlético’. Eu falei: ‘Não, dá. Vamos ver se a gente pelo ou menos, se o Atlético abre conversação e tal’. Beleza.”
O presidente do Atlético-MG na época, Sergio Sette Câmara, negou a saída para Ricardo Oliveira, que era artilheiro do time na Libertadores da América e era uma aposta do próprio mandatário. Foi então que Sampaoli pediu para Ricardo Oliveira brigar com o clube mineiro por sua saída para o Santos, e ele se negou.
“Falei: ‘Não, aí não. Brigar não por que sou um cara profissional, o Atlético apostou em mim, me fez o convite e eu não vou ter esse tipo de comportamento que vai contra os meus princípios’. Beleza. Acabou, terminei o ano.”
Até que no início de 2020 o Atlético-MG definiu seu novo técnico para a temporada, e era o próprio Jorge Sampaoli. Sem dar chances para conversas, o argentino afastou Ricardo Oliveira, que deixou o clube pela porta dos fundos.
“Em 2020, ele chegou no Atlético. Ele chegou no Atlético, aí estava virado para mim e aí… Me excluiu. Não falou comigo, me excluiu de acessar o clube para poder fazer meus treinamentos, me separou do time, não podia nem sequer ir no clube. Então fiquei treinando em casa. Por quê? Porque eu não aceitei fazer o que ele me pediu.”
Foram 110 jogos pelo Atlético-MG, com 37 gols e 16 passes para os companheiros guardarem a bola nas redes. O atleta ainda passou pelo Coritiba e atualmente está sem clube.
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