Ex-lateral-esquerdo e coordenador Marcelo Oliveira voltou a fazer declarações sobre o Grêmio
Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, para o canal do comunicador no YouTube, o ex-lateral-esquerdo e coordenador-técnico demitido há um mês do Grêmio, Marcelo Oliveira, negou que as polêmicas de Douglas Costa tenham atrapalhado o vestiário do clube na temporada de 2021.
Marcelo defendeu o camisa 10, rotulando-o como um grande profissional e tirando o peso de algumas atitudes que não caíram bem com a torcida:
“Se tratando de Douglas Costa, qualquer atitude repercute de forma maior. Ele é muito profissional. Treina muito, sabemos a qualidade dele. As situações da vida dele, pelo momento do clube, ficaram mais evidentes. Mas ele é muito profissional”, comentou.
Um outro fator citado por Marcelo como algo negativo ao elenco foi a saída do volante Maicon durante a campanha, antes mesmo do fim do contrato:
“O Maicon era uma liderança técnica e de ambiente. A saída dele com certeza (atrapalhou). Era o capitão, tem toda a história. Se sai uma referência assim é ruim. E também da forma como foi, sem terminar a temporada. Pra gente pegou de surpresa mesmo. Ele é sanguíneo. E é muito coração. A liderança dele é explosiva, mas a intenção sempre é boa. O cara que está ouvindo tem que saber. Existem lideranças diferentes”, ampliou.
Marcelo Oliveira diz ter se surpreendido na derrota para o Bahia
Um dos jogos emblemáticos na campanha fracassada do Grêmio foi a derrota de 3×1 para o Bahia, fora de casa, em confronto direto já no fim do campeonato. O ex-coordenador admite ter se surpreendido fora de campo com o desempenho:
“A preparação foi boa e o pré-jogo foi muito bom. Íamos numa expectativa grande, uma motivação alta. Mas aí toma o gol e a gente se olhava assim na arquibancada. Não tinha explicação. Era surpreendente pra nós. Víamos a preparação toda. O jogo do Bahia foi um baque duríssimo pra mim. O vestiário depois também. Todos tinham convicção que era o jogo pra gente ganhar. Falávamos que era o jogo pra sair dessa”.
Sobre a sua demissão do cargo, que foi comunicada pelo vice de futebol Denis Abrahão dias depois do rebaixamento, Marcelo reconhece que esperava que mudanças poderiam acontecer. Mas lamenta ter deixado o clube desta maneira:
“Por tudo que eu vivi no clube, foi muito difícil receber a notícia da saída. Mas pela situação eu já imaginava que poderiam acontecer mudanças e que eu não estava livre disso. Eu me preparo pra tudo na vida e quando recebi a notícia foi ruim, mas estava preparado pra tudo. Por tudo que passei, pelo sentimento, por tudo que foi construído desde que eu cheguei em 2015, sair dessa forma é muito ruim. No meu coração o desejo é deixar o clube onde nunca deveria ter saído”, finalizou.
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