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Nadal ressurge das cinzas, consegue virada incrível e torna-se o maior campeão de Grand Slam da história do tênis masculino

Thiago Chaguri
Apaixonado por esporte desde criança, acompanho diversas modalidades por acreditar na magia e nas boas histórias que seus protagonistas e torcedores proporcionam. Além do entretenimento, admiro também as pluralidades táticas e estratégicas.

Cabeça de chave número 6, espanhol afasta questionamentos e coroa seu retorno com o merecido título na Austrália

Superando inúmeras dificuldades como lesões consecutivas, dúvidas sobre sua condição física, pensamentos sobre aposentadoria e um jogo em que o adversário abriu 2 sets a 0, Rafael Nadal ressurge como uma fênix, supera Daniil Medvedev e se isola como o maior campeão de Grand Slam da história do tênis masculino, com 21 títulos. Após 5h24 de jogo, o espanhol conseguiu uma virada épica por 3 sets a 2, com parciais de 2/6, 6/7 (5), 6/4, 6/4 e 7/5 na Rod Laver Arena para levantar seu segundo troféu de Australian Open.

O “Touro Miúra” tornou-se o primeiro tenista a alcançar e vencer uma final de Grand Slam com diferença de 17 anos. Seu primeiro título veio no saibro de Roland Garros no ano de 2005, seu piso favorito.

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Com esta vitória sobre Daniil Medvedev, Nadal amplia vantagem no confronto direto para quatro triunfos e apenas uma derrota. Em finais, também venceu o russo pelo US Open e o Masters 1000 do Canadá, ambos em 2019.

Nadal deu lição de resiliência nesta edição de Australian Open

Há seis meses, Nadal estava usando muletas para se recuperar de uma lesão no pé. O tenista, além das constantes lesões nos últimos anos, convive com uma crônica no escafoide, um osso do pé esquerdo, que o faz sentir dores na constantes na região. Neste meio tempo, também foi infectado pelo coronavírus durante a preparação para o tour australiano, o impossibilitando de treinar sua rotina.

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Nesta edição de Australian Open, Nadal enfrentou duras batalhas ao longo de seu percurso até a final. O histórico tie-break contra Mannarino, finalizado em 16-14 com mais de 28 minutos de duração, a guerra mental e física diante de Shapovalov, onde sofreu por mais de quatro horas e perdeu quatro quilos após a partida, devido a desidratação, e a superação diante de Berrettini na semifinal, quando chorou e desabafou ao fim do jogo, revelando ter pensado em se aposentar.

Tudo isso fora o show na final, onde parecia inferior fisicamente nos dois primeiros sets e ainda assim renasceu na partida, superando o jogador mais bem ranqueado do mundo no momento.

Além de maior campeão de Grand Slams, Nadal possui uma das melhores porcentagens de aproveitamento 

Ao todo, o espanhol possui 90 conquistas em 127 finais de torneios disputados, sendo 21 Grand Slams. Em Roland Garros, reina absoluto com impressionantes 13 conquistas (2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017, 2018, 2019 e 2020). Na grama sagrada de Wimbledon soma dois triunfos, em 2008 e 2010. Por fim, além do bi na Austrália, obtém mais quatro troféus em quadras de piso duro, com o tetra do US Open nos anos de 2010, 2013, 2017 e 2019.

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Com o título no Australian Open, Nadal tornou-se apenas o segundo tenista masculino na Era Aberta a vencer no mínimo duas edições de cada um dos quatro Grand Slams do calendário. Novak Djokovic foi o primeiro a alcançar a façanha.

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O ‘Touro Miúra’ possui a segunda melhor porcentagem em questão de aproveitamento em finais de Grand Slam. Venceu 21 das 29 finais, o que representa 72,4%. Pete Sampras lidera a estatística, contabilizando 77,8%, saindo vencedor em 14 das 18 ocasiões em que esteve em quadra.

O espanhol disputou 63 Grand Slams na carreira e foi à 29 finais, o que representa 46%, terceira maior marca da história. Somente Björ Borg, finalista em 16 das 28 participações (57,1%) e Novak Djokovic, que atingiu 31 decisões em 66 Majors (47%), obtêm marca maior.

Desde que completou 30 anos, Nadal nunca ficou mais do que três Grand Slams consecutivos sem alcançar uma final. Este foi seu nono jogo valendo troféu após seu 30º aniversário, atrás apenas de Novak Djokovic, que disputou dez títulos acima desta faixa etária.

Apesar do retrospecto ruim diante de jogadores entre os dez melhores do ranking em edições do Australian Open, triunfando apenas nove vezes em 20 jogos, Nadal é o tenista em atividade que tem o melhor desempenho contra top 10 somando todos os Grand Slams, vencendo 51 das 73 partidas, aproveitamento de 69,8%.

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O JOGO

1º SET

Nadal iniciou bem à sua característica a partida e abriu 40-15, mas Medvedev se recuperou. Bem cadenciado dos dois lados, o game durou sete minutos e o espanhol saiu na frente. No seu serviço, o russo foi rápido e fechou em menos de dois minutos. Em longo rali com troca de 26 golpes, Medvedev acertou uma bela paralela para abrir 0-30 no game de saque adversário. Quando teve a chance de ampliar o game, vacilou. Subiu à rede para matar o ponto, mas acabou jogando a bola no meio, onde Nadal, no susto, acabou acertando um golpe curto sem chance de defesa. No ponto seguinte, foi à rede e fechou a porta para empatar. Novamente seu game de saque foi longo, encerrado após oito minutos num winner de forehand na paralela. Confirmando o saque e agredindo o serviço de Nadal, com direito a lob, o número 2 do mundo estava se soltando mais em quadra. Pressionou e quebrou o saque de Nadal sem ceder pontos e depois sacou sem problemas para colocar 4/2 no placar.

Cometendo duas duplas faltas consecutivas, o espanhol demonstrava dificuldades em seus games de serviço. Medvedev, se mexendo muito bem em quadra, sólido, deixou a parcial à sua feição e novamente quebrou o saque de Nadal, abrindo 5/2 com chances de servir para o set. O russo não desperdiçou a chance e, com dois erros não forçados do adversário, fechou o primeiro set em rápidos 42 minutos, atropelando por 6/2.

2º SET

Voltando mais tático, Nadal fez valer o saque e saiu na frente, mas Medvedev respondeu imediatamente, 1/1. No entanto, o cabeça de chave número 6 conseguiu se impor e surpreendeu o russo, quebrando seu serviço com um game limpo, sem ceder pontos. Nadal não estava sofrendo mais como no primeiro set até então, conseguindo se movimentar melhor, comandar mais as ações. E assim abriu 4/1. Medvedev iniciou uma reação e diminuiu para 4/3, porém Nadal não se intimidou. Lá do fundo de quadra, soltou uma excelente largadinha para desmontar o adversário, que, surpreso, escorregou e viu o espanhol quebrar seu serviço, encaminhando o set à seu favor com 5/3.

Mesmo com a vantagem e o serviço, Nadal passou a cometer erros e viu Medvedev crescer no game, tomando conta dos pontos, atacando bolas longas, o incomodando no fundo de quadra. 15-40. Rafa ainda buscou a igualdade, mas Daniil acertou uma bola vencedora que entrou por milímetros, dando-lhe a vantagem. Quando foi sacar, um sujeito invadiu a quadra e a partida foi paralisada por cerca de dois minutos. No reinício, Nadal se salvou, mas perdeu um ponto inacreditável, com a quadra adversária totalmente aberta e sem chances para a defesa, mandando a bola para fora. Isso reacendeu a esperança em Medvedev, que quebrou o serviço e posteriormente empatou o set em 5/5 confirmando rapidamente seu serviço, ajudado por erros não forçados do adversário.

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Numa bela variação de golpes, Nadal preparou muito bem seu ponto, usando slice curto para abrir a quadra e conquistar o ponto numa diagonal vencedora, abrindo 30-15. Entretanto, seus erros não forçados o impediam de se colocar em uma situação menos tensa e mantinha Medvedev vivo. Após uma bola vencedora, Nadal vibrou bastante, se inflamou e enfim confirmou o saque, tendo 6/5 de frente. O russo não se abalou e, com um ace e outro ótimo saque, deslocando Nadal para preparar seu ponto, levou a parcial para o tie-break.

Nadal conseguiu um mini break com um erro não forçado adversário e abriu 2-0. Partindo para o saque e voleio curto, se manteve à frente em 3-2 e chegou a abrir 5-3, mas Medvedev devolveu o mini break e teve dois serviços à favor. Na primeira chance, chamou Nadal à rede e concluiu seu ponto numa bela passada. Na sequência, se defendeu muito bem, não se intimidou e, em outra bola vencedora aproveitando o espaço da quadra deixado por Nadal, que subiu à rede, encerrou o segundo set 7/6 (5) e deu mais um passo para se aproximar do título.

3º SET

Após uma pausa de quase oito minutos, onde os atletas aproveitaram para ir aos vestiários, a partida reiniciou com Medvedev no saque. Concentrado, ele conseguia ler os golpes de Nadal quando o mesmo avançava à rede. A igualdade em 40-40 persistia. Os dois tenistas protagonizando um equilibrado game. Medvedev, displicente, tentou um drop shot que saiu curto demais e ficou na rede, perdendo a chance de sair na frente. Entretanto, rapidamente retomou o foco e abriu 1/0 anotando dois aces. Nadal saiu 0-30 atrás em seu serviço, mas se recuperou e, após duas igualdades, empatou também num ace. Seguindo a tônica da parcial, outra vez um game foi encerrado com ace. 2/1 Medvedev, que venceu sem levar pontos. Nadal, se movimentando muito bem nas trocas de golpes, aplicou um belo voleio e fez 30-0. Sofreu um pouco, mas confirmou o serviço, 2/2.

Após confirmar o serviço, Medvedev deu show de defesas incríveis e encurralou Nadal em seu game de saque, abrindo 0-40. Contudo, o espanhol soube se recuperar, levou o game à igualdade e, balançando bastante o adversário, com bolas fundas, dominando o ponto, empatou em 3/3, comemorando. No 30-15, Medvedev desenhou bem o ponto, abriu a quadra com Nadal na rede, porém, na hora de executar a passada, que estava tranquilo, parou na rede. O que poderia lhe afetar, na verdade o motivou e, sem dar chances à alguma reação no game, emendou dois pontos seguidos para colocar 4/3 no marcador. Mantendo-se vivo, Nadal mostrou resiliência e sacou muito bem para deixar em 4 iguais. No game seguinte, conseguiu pressionar o russo e quebrou seu serviço, passando à frente em 5/4 e com o saque para tentar sobreviver no jogo. Servindo com agressividade, abriu 40-0 e não desperdiçou. Despejou bolas vencedoras e levou o set em 6/4, diminuindo a desvantagem de Medvedev para 2 a 1.

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4º SET

Tentando controlar o ímpeto adversário, Medvedev soltou uma curtinha e depois forçou um erro do espanhol para largar na frente. Equilibrado, o segundo game teve variações de liderança. Nadal soltou uma bola vencedora a 158km/h e comemorou bastante. Na segunda igualdade, outro erro não forçado do russo próximo à rede. Percebendo uma queda física do adversário, Nadal passou a chamar bastante o Medvedev pra rede, tentando desgastá-lo ainda mais. Ao fim de dez minutos, empate em 1/1. Ao contrário do game anterior, este foi rápido e favorável ao espanhol, que quebrou o saque e passou no marcador por 2/1 com um dupla falta adversária. Medvedev foi para o banco fazendo um sinal de ‘positivo’ ironizando a torcida, que o vaiou brevemente.

No 15-30, o russo se defendeu de todas as formas possíveis e vendeu caro o ponto para o espanhol. Porém, Nadal não aproveitou o momento e deu novas esperanças à Medvedev, cometendo erros e permitindo o empate em 2/2. Com quatro bolas tocando a linha e muitas trocas de golpes, o ‘Touro Miúra’ abriu 0-40 e três break points. Em uma reação impressionante, Daniil anotou quatro pontos consecutivos e teve a chance de confirmar o serviço. Mas, por incrível que pareça, ao tentar executar um smash, pegou mal na bola e ‘decolou’, protagonizando um lance bizarro. Nadal chegou a ter seis break points, mas somente no sétimo concluiu a quebra, num game com dez minutos de duração. Medvedev foi para seu banco reclamando com o árbitro sobre o comportamento dos torcedores.

Agressivo e mais imponente fisicamente, Nadal abriu 4/2 e cresceu ainda mais no set, enquanto o russo parecia sentir mais o cansaço. Apesar disso, Medvedev fez um game limpo em seu saque e diminuiu para 4/3. Saindo em 0-30, Nadal acertou um smash e vibrou, cresceu no game e deixou em 40 iguais. Após uma bola vencedora no contrapé adversário e um ace, colocou 5/3 na parcial. Medvedev ainda criou forças para vencer um equilibrado nono game. Mas não teve jeito, Nadal estava definitivamente de volta ao jogo. Venceu a parcial em 6/4 e levou a decisão ao quinto set.

5º SET

Medvedev iniciou o set com uma dupla falta. Atendendo aos seus pedidos, o árbitro advertiu o público e disse que iria chamar a segurança caso houvesse mais interrupções. Com um ace, seu 19º no fundamento e um winner de backhand, saiu na dianteira da parcial. Posteriormente, ambos confirmaram seus serviços sem sustos, 2/2. No quinto game, Nadal teve dois break points e, com uma paralela fantástica, quebrou o saque e tomou a ponta do placar em 3/2. Medvedev resistia bravamente, salvando game points de Nadal para sobreviver. Não fugia das trocas de golpes, ora forçando o adversário a alongar as bolas. Ao final de 13 minutos, Nadal aplicou um smash para findar um game com quase 14 minutos e abrir 4/2.

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Contrastando com a duração do game anterior, o russo finalizou seu serviço em apenas um minuto, 4/3. Nadal sacou muito bem e se colocou próximo da conquista com 5/3 no placar. Servindo para ganhar sobrevida, Medvedev cometeu uma dupla falta, mas o espanhol retribuiu e devolveu o erro. ‘Sangue frio’, o russo ainda ganhou o game numa deixadinha rente à rede. Mostrando atitude, Nadal sacou bem e depois foi para o voleio, 30-0. Entretanto, cometeu dupla falta e o Medvedev foi para cima, tomando conta da rede e virando o game. No ponto seguinte, Nadal ficou na rede e o russo buscou uma grande reação, empatando o set em 5/5.

Medvedev tentou pegar Nadal desprevenido numa curtinha, mas acabou provando do próprio veneno, com o espanhol devolvendo e conquistando o ponto. Nadal teve três break points à favor e não desperdiçou, tornou a quebrar o serviço adversário e agora, novamente, tinha o saque para o jogo em 6/5. Desta vez, Nadal foi impiedoso. Forçou o saque com maestria, abriu 40-0 e, fechando a rede, voleou para o ponto do game, do set, da partida e do título épico, que representou sua supremacia na história do Grand Slam do tênis masculino.

Campanha de Nadal

1ª rodada

(6) Rafael Nadal 3 x 0 Marcos Giron (6/1, 6/4 e 6/2)

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2ª rodada

(6) Rafael Nadal 3 x  Yannick Hanfmann (6/2, 6/3 e 6/4)

3ª rodada

(6) Rafael Nadal 3 x 1 (28) Karen Khachanov (6/3, 6/2, 3/6 e 6/1)

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Oitavas de final

(6) Rafael Nadal 3 x 0 Adrian mannarino (7/6 (16×14), 6/2 e 6/2)

Quartas de final

(6) Rafael Nadal 3 x 2 (14 Denis Shapovalov (6/3, 6/4, 4/6, 3/6 e 6/3)

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Semifinal

(6) Rafael Nadal 3 x 1 (7) Matte Berrettini (6/3, 68/2, 3/6 e 6/3)

Final

(6) Rafael Nadal 3 x 2 (2) Daniil Medvedev (2/6, 6/7 (5), 6/4, 6/4 e 7/5)

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