Lutador foi uma lenda nos ringues e na defesa dos direitos civis dos negros nos EUA
Nesta segunda-feira, uma das maiores lendas do esporte, completaria 80 anos. Assim, Muhammad Ali foi um dos grandes da história no rinque, mas principalmente, por tudo o que fez fora dele. O ex-lutador faleceu aos 74 anos, em 2016, vítima do Mal de Parkinson.
No esporte, Muhammad Ali foi três vezes campeão olímpico, além disso, possui um cartel invejável. Ele venceu 57 lutas, sendo 37 por nocaute, e cinco derrotas. Ele foi campeão mundial em 1964, aos 22 anos, contra Sonny Liston. O segundo título, veio contra George Foreman, em 1974. Por fim, sua última conquista foi na revanche contra Leon Spinks, em 1978.
Além dos mundiais na WBA, o lutador também disputou olímpiadas. A primeira em 1960, em Roma, ainda com o nome Cassius Clay. Ali competiu na categoria meio-pesado, aos 18 anos, vencendo quatro lutas seguidas, e perdendo a disputa do ouro para Zbgniew Pietrzykowski.
Além disso, na Olímpiadas de Atlanta, em 1994, Muhammad Ali foi escolhido para acender a pira olímpica. Na época, ele já estava debilitado pelo Parkinson.
A luta de Mohammad Ali fora dos ringues
No entanto, Muhammad Ali é considerado uma lenda por sua luta fora dos ringues. Em 1967, o lutador foi convocado pelo exército americano para servir na Guerra do Vietnã e recusou-se a batalhar. Por conta disso, ele perdeu seus cinturões, além de ser banido do esporte por três anos e condenado a cinco anos de prisão. No entanto, ele pagou fiança e em 1970, voltou aos ringues.
“Por que me pedem para vestir um uniforme e me deslocar 10 000 milhas para lançar bombas e balas no povo do Vietnam, enquanto os negros de Louisville são tratados como cachorros, sendo-lhes negados os mais elementares direitos humanos? Não, não vou viajar 10 000 milhas para ajudar a assassinar e queimar outra nação pobre para que simplesmente continue a dominação dos senhores brancos sobre os povos de cor mais escura mundo afora. É hora de tais males chegarem ao fim”, declarou Muhammad Ali na época.
O direito dos negros nos EUA também foi um motivo das lutas de Ali. Ele usava todo o seu tamanho para denunciar o racismo no país. Além disso, ele admirava nomes como Malcom X e Martin Luther King, que também lutavam contra a segregação racial nos EUA.
Por fim, a morte de Muhammad Ali causou uma comoção em todo o mundo, para além do esporte. Dessa forma, o enterro do lutador contou com nomes como Mike Tyson e Lennox Lewis e o ator Will Smith, que interpretou o pugilista no filme “Eu Sou Ali”. Além disso, Pelé e Lewis Hamilton também prestaram homenagens a Ali.
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