Ex-auxiliar e ex-técnico do profissional e do sub-20 foi mandado embora a pedido de Paulo Sousa
Mesmo sem conhecer pessoalmente o técnico Paulo Sousa, o auxiliar-técnico Mauricio Souza já sabe que o português foi crucial para o fim de sua passagem pelo Flamengo. Em entrevista ao Charla Podcast, “Mauricinho”, como é conhecido abriu o jogo sobre sua saída do clube há poucos dias.
Ele contou que o português disse que seu trabalho não era necessário sem mesmo conhecê-lo e que o Flamengo extinguiu sua função, que era de transição entre o time sub-20 e o profissional, após poucos meses. Veja o que disse Mauricio Souza:
“Minha demissão foi assim, eu voltei no dia 8 para dar treino para a equipe que iria disputar o Carioca. Dia 9 foi domingo, folga. Dia 10 dei treino e o profissional começava a pré-temporada. Fui até o Bruno (Spindel, diretor-executivo), e perguntei como ficaria minha função, se eu acabaria o treino e iria embora. Aí perguntei, ele pediu para esperar um pouco e voltou depois. Me chamou em uma sala junto com o Gabriel Skinner (supervisor de futebol). Ele disse que teve uma conversa com o Paulo Sousa, sobre minha função, minha importância para o clube, mas o Paulo foi irredutível e disse que não achava necessário ter uma função dessa na comissão técnica dele, que a comissão dele era a que ele tinha levado”, relatou o ex-auxiliar do Flamengo, que comandou o time profissional em diversas oportunidades, inclusive no Campeonato Brasileiro após a demissão de Renato Gaúcho.
“Por isso que eu fui surpreendido. Todos os jogos que fiz pelo Flamengo, tirando os quatro últimos depois que o Renato saiu, eu fiz como treinador do sub-20. Sempre que o Flamengo precisou de mim, eu fui fazer os jogos e não ia mudar nada. Mudaria ter uma pessoa para agregar o conhecimento, tranquilizar as transições (da base para o profissional), era o que estava sendo feito. O Flamengo montou esse cargo pra isso. Ele (Bruno Spindel) me agradeceu, disse que infelizmente não tinha como me realocar, eu também não aceitaria. O que me pegou de surpresa foi isso. Foi criado um cargo e o cargo parou de existir em seis meses. Se ele (Paulo Sousa) não aceitou nenhum tipo de interferência, foram as palavras do Bruno… Apertei a mão, peguei minhas coisas e fui embora surpreso. Eu entendi que tinham confiança no meu trabalho, na minha pessoa. Minha surpresa foi o fato da criação de um cargo durante seis meses, que era tão importante para o clube, e deixa de existir.”
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