Além de ser um multicampeão da F1, Lewis Hamilton também é figura importante em diversas frentes fora das pistas de corrida
Sete vezes campeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton é, também, uma referência do lado de fora das pistas. Isso porque, nos últimos anos, principalmente, o piloto inglês vem se mostrando presente em discussões importantes que envolvem a sociedade e também os rumos da categoria do automobilismo.
Racismo (dentro e fora da F1), desmatamento, pandemia de Covid-19. Todas essas foram pautas abordadas por Hamilton recentemente. E o britânico conseguiu envolver até mesmo a Mercedes em suas lutas. A equipe alemã, por exemplo, pintou seus carros de preto como demonstração de apoio a Lewis. E não para por aí.
Enfim, aproveitando mais um aniversário dessa lenda da Fórmula 1, o Torcedores.com relembra algumas das ações mais notáveis do Sir Lewis Hamilton fora das pistas de corrida.
A luta antirracista de Hamilton
Sem dúvidas, a principal bandeira levantada por Lewis Hamilton diz respeito ao racismo. Em 2020, uma onda de protestos antirracistas tomou conta do planeta devido a casos de violência policial nos Estados Unidos contra afro-descendentes. É o fenômeno do #BlackLivesMatter.
E o piloto da Mercedes não ficou de fora. Hamilton, aliás, se juntou a manifestações realizadas em Londres. Ele apareceu disfarçado em fotos que postou nas próprias redes sociais, segurando cartazes em meio à multidão.
Depois, seguiu levando mensagens em camisetas para os treinos, corridas e pódios da F1. Ajoelhou em protesto ao racismo, sendo acompanhado por boa parte dos pilotos do grid. Além disso, neste meio tempo, Stephanie Travers, nascida no Zimbábue, tornou-se a primeira mulher preta e africana a participar da cerimônia de premiação. Ela é engenheira química da Petronas, e foi ao pódio ao lado de Lewis representando a equipe do piloto..
Depois, Hamilton seguiu levando mais protestos aos holofotes. Em Mugello, ainda em 2020, foi receber o troféu de vencedor com uma camisa escrito: “Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor”. Novamente, uma referência à violência policial nos EUA, embora a FIA proibisse quaisquer manifestações de cunho político ou social na F1.
Ele ainda promoveu o debate sobre a quantidade de negros no automobilismo, uma categoria com graves traços elitistas e raciais. E, para terminar, fez uma bonita homenagem a Chadwick Boseman, ator que interpretou o Pantera Negra e que, infelizmente, faleceu em 2020.
Ações de caridade
Ainda na esteira da luta antirracista, o piloto criou a Comissão Hamilton e o Mission44 (em alusão ao número de seu carro na F1). Os projetos tem por objetivo de estudar, entender e apoiar a carreira de jovens automobilistas oriundos de minorias no Reino Unido. A iniciativa conta com fundo de mais de 140 milhões de reais.
“Experimentei em primeira mão como ser de origem pouco representada pode afetar seu futuro, mas felizmente consegui superar essas dificuldades por meio de oportunidades e apoio. Quero garantir que outros jovens de origens semelhantes sejam capazes de fazer o mesmo”, disse Hamilton.
Além disso, o britânico também já apoiou o recrutamento e formação de cprofessores negros em escolas da Inglaterra. Também incentivou e bancou jovens artistas negros, desde o ramo da música até a moda. Não à toa, em 2020, Lewis Hamilton foi eleito o homem afro-descendente mais influente em todo o Reino Unido.
Desmatamento e preservação da Amazônia
Em âmbito ambiental, Lewis Hamilton também já se pronunciou algumas vezes. O piloto, aliás, foi protagonista de um vídeo da organização de defesa ambiental WWF (“Fundo Mundial para a Natureza”). A ação denunciou o aumento das queimadas no Brasil.
Mais recentemente, Hamilton também se colocou contra o desmatamento no Rio de Janeiro para construção de um novo autódromo na cidade. O projeto implicaria na derrubada de milhares de árvores da Floresta de Camboatá.
“Eu não conheço todos os detalhes disso, apenas ouvi que seria uma corrida sustentável. Mas o mais sustentável que pode ser feito é não derrubar nenhuma árvore. Especialmente, em um momento que estamos lutando contra uma pandemia e uma crise no mundo.”, disse o piloto de 37 anos.
Pandemia de Covid-19
Já sobre a pandemia de Covid-19, o britânico também foi influente. Crítico da própria Fórmula 1 em alguns momentos, devido a falta de protocolos, ele chegou a contrair Covid-19 (ficando até mesmo de fora do GP de Sakhir, em 2020). Depois, revelou o medo de ter novamente a doença
Dessa forma, sempre se colocou em defesa das vidas e do respeito às orientações de órgãos de saúde. Hamilton foi extremamente elogiado por jornalistas por se comportamento durante as corridas em meio à pandemia. Sempre respeitoso aos protocolos e atento às precauções para evitar o contágio do vírus.
Enfim, em abril de 2021, ele chegou até a mandar uma mensagem para o Brasil. Isso porque, naquele período, o país vivia momento delicado com relação ao número de mortes por Coronavírus: “Meus pensamentos e orações estão com os brasileiros”.
Lewis Hamilton ainda abordou como toda a questão da pandemia de Covid-19 pode ter encurtado a sua carreira:“Não consigo imaginar [minha permanência] por muito mais tempo, mas isso pode mudar”, revelou o piloto da Mercedes em entrevista no último mês de setembro.
Certamente, os fãs de Fórmula 1 ainda esperam poder ver essa lenda nas pistas (e fora delas) por muito mais tempo.
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