Justiça italiana toma decisão se vai pedir a execução da pena de Robinho no Brasil
Robinho foi condenado a 9 anos de prisão por estupro cometido em 2013, em Milão
Ivan Storti/Santos/Divulgação
Robinho foi condenado a 9 anos de prisão por estupro cometido em 2013, em Milão
Na última quarta-feira (19), a Justiça da Itália confirmou a pena de 9 anos de prisão para o atacante Robinho, de 37 anos, em última instância por violência sexual de grupo. O episódio aconteceu em 2013, em Milão, quando o atleta defendia o Milan.
Robinho está no Brasil e como o crime aconteceu em território estrangeiro, ele e o amigo Ricardo Falco, também condenado, não serão extraditados para a Itália, já que a Constituição de 1988 veta a extradição de cidadãos brasileiros.
Mas os italianos não vão aliviar para o jogador. De acordo com o “GE”, os nomes de Robinho e de Falco serão incluídos na lista vermelha da Interpol, com pedido de prisão provisória disparado para 195 países, para que haja o cumprimento da pena.
“Não se trata de Robinho, um jogador conhecido. Essa é uma atividade cotidiana, que fazemos centenas de vezes por dia. São muitos casos como o dele”, disse Stefano Opilio, diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano, ao “GE”.
Na prática, a partir do momento em que os nomes de ambos estiverem na lista da Interpol, eles poderão ser presos se saírem do Brasil para qualquer um dos 194 países pertencentes ao sistema internacional de captura.
No Brasil, o Ministério da Justiça italiano considera remota a chance de detenção do jogador. Como não será possível a extradição, Opilio foi bem claro: “No caso da impossibilidade da extradição, vamos pedir a execução da pena no Brasil”, completou.
Robinho atualmente mora na cidade de Santos. Seu último clube foi o Istanbul Basaksehir, da Turquia, deixando a equipe em agosto de 2020. Depois ele tentou retornar ao Santos, mas a repercussão negativa da sua condenação por estupro melou a negociação que já estava praticamente selada.
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