Especialista aponta gigante do Brasileirão pode seguir os passos do Cruzeiro: “Tem dívidas impagáveis e continua gastando”
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Times do Brasil acumulam dívidas e ainda sentem os efeitos da pandemia
Na visão de Amir Somoggi, especialista em gestão esportiva, o Cruzeiro pode não ser o único gigante do Brasil a ficar em situação crítica por conta de suas dívidas. Isso porque o sócio-diretor da empresa Sports Value, focada em marketing esportivo, acredita que o Corinthians vem agindo de forma equivoca mediante os seus atuais débitos. Recentemente, o Timão contratou estrelas para o elenco, casos de Renato Augusto, Willian, Giuliano, Paulinho e Róger Guedes, todos com salários altos.
“Quem é o próximo (que não se cuidar) pra não virar um Cruzeiro é o Corinthians. O Corinthians tem umas dívidas impagáveis e ele continua gastando (…) Corinthians agora é o terceiro clube mais valioso do Brasil, com valor de R$ 2,3 bilhões. Clube caiu em receitas na comparação com Flamengo e Palmeiras, tem custos elevados e baixa eficiência em campo. Vem acumulando déficits e tem altas dívidas. Futebol consome R$ 462 milhões anuais”, disse o profissional ao “Blog Soul Santista“.
Enquanto isso, Amir elogiou a conduta do Flamengo, que vem trabalhando em suas finanças desde a gestão de Bandeira de Mello. Agora, com Rodolfo Landim à frente do clube, o cenário de contratar jogadores que estão na Europa se tornou possível graças ao planejamento feito no passado.
“O Flamengo devia no começo da gestão Bandeira de Melo? R$ 830 milhões, a valores de hoje R$ 1 bilhão. Um bi de reais é o que o Corinthians deve; legal, situação parecida. (…) O Bandeira de Melo, para poder equalizar as finanças, manteve um custo do futebol que, na época, era a metade do Corinthians (atualmente). (…) Então, ele (Corinthians) vai ter que voltar para (gastos anuais de) R$ 200 milhões, R$ 250 milhões, e usar R$ 300 milhões (de suas receitas) para pagar dívida”, analisou.
ANÁLISE DO CORINTHIANS
Em 2022, o Corinthians, que mira chegar forte no Brasileirão e Libertadores, projeta gastar R$ 81 milhões com despesas financeiras em seu orçamento. Em relação a 2021, existe uma grande diferença, já que a quantia estipulada foi de cerca de R$ 46 milhões. Mesmo assim, a diretoria vem deixando claro que não está realizando loucuras.
“Alcançamos metas da gestão, conseguimos estabilizar a dívida. Foi a nossa principal conquista desse primeiro ano. Mesmo com todas as dificuldades, mesmo sem venda de atletas, vamos ter superávit. É uma notícia muito gratificante para todos nós, que trabalhamos para o bem do Corinthians. Entendemos que atingimos os objetivos financeiros em 2021. Tivemos um desafio enorme e conseguimos chegar em dezembro e olhar para trás sabendo que chegamos em nossas metas. A mudança de mentalidade no clube veio antes do que imaginávamos”, garantiu Wesley Mello, diretor financeiro do Alvinegro.
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