Em litígio com o Boca Juniors, Cristián Pavón pode reforçar o Atlético-MG em 2022
Apontado pela imprensa argentina como o “novo” Carlos Tévez, o atacante Cristián Pavón, de 26 anos, pretendido pelo Atlético-MG para 2022, tem características as características que o técnico Antonio Mohamed tanto deseja para reforçar o elenco. Afinal, o camisa 31 do Boca Juniors impressiona pela sua intensidade dentro de campo habilidade, drible curto e precisão nos chutes.
Entretanto, o atacante também é conhecido ter sua vida pessoal exposta com frequência nos principais veículos de comunicação da Argentina. Ou seja, o jogador coleciona problemas extracampo que atrapalham o seu desenvolvimento desde que se profissionalizou em 2015.
O nome de Cristián Pavón, antes de mais nada, é comentado nos bastidores do Atlético-MG desde o começo do ano. O assunto voltou à tona após o jogador entrar em rota de colisão com o Boca Juniors devido à falta de valorização financeira e, por isso, gostaria de deixar o clube.
Desde então, a avaliação do técnico Antonio Mohamed, endossada por membros da comissão técnica e da diretoria atleticana, é de que vale a pena correr o risco e contratar Cristián Pavón. No entendimento de “El Turco”, o atacante é um jogador diferenciado. Por outro lado, conforme o Torcedores.com informou, o departamento jurídico desaconselha a contratação do atleta.
Neste domingo, a reportagem do Torcedores.com questionou uma pessoa influente no futebol atleticano sobre a contratação de Cristian Pavón, considerado um jogador incorrigível pela imprensa argentina:
“El Turco (Antonio Mohamed) sabe como dar um jeito nele. Ele revelou seus planos e como pretende utilizar o jogador. Além disso, o Cristián Pavón grande potencial de mercado e pode render frutos financeiros ao Atlético”, foi a resposta.
Quais são os fatores que o clube decidiu apostar em Cristián Pavón?
- Qualidade técnica
- Liderança e experiência internacional
- Potencial de mercado
- Aprovação da comissão técnica
- Cobranças da torcida pela chegada de um reforço expressivo
- Promessas e comportamento do jogador durante as conversas preliminares
- Reconstruir a carreira
- Retornar a seleção argentina
E os problemas extracampo de Cristián Pavón?
Dentro do Boca Juniors, Cristián Pavón é considerado um jogador exemplar, sem atrasos, sem problemas com o grupo de jogadores e comprometido quando é escalado pelo técnico Sebastián Battaglia. Há quem diga que o treinador seja contra sua saída do clube argentino.
Por outro lado, a diretoria atleticana tem conhecimento de que o atacante possui um extracampo complicado. O Torcedores.com listou alguns fatos que fez Cristián Pavón ser rotulado como “Chico Malo”, ou seja, “Badboy”.
Confusão no Mineirão
Cristián Pavón estava entre os jogadores que cometeu ato de vandalismo no jogo contra o Atlético-MG, no Mineirão, pela Copa Libertadores da América de 2021. Grades de proteção, bebedouros e garrafas d´água foram utilizadas no confronto com seguranças. As imagens do estádio mostram o atacante tendo postura violenta contra policiais militares. Posteriormente, o jogador foi punido pela Conmebol com seis jogos de suspensão.
Festa durante a pandemia
Uma festa na quarentena da Covid-19 custou cerca de US$ 20 mil (R$ 119 mil, pela cotação atual) a Cristián Pavón. O motivo? Comemorar a transferência para o Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos. Em 2020, o jogador foi denunciado por vizinhos por promover, em janeiro, uma festa na casa dele em um condomínio de luxo, em Córdoba. Autoridades foram até o local e acabaram com o evento que tinha mais de 200 pessoas.
Acusação de estupro
O argentino responde pelo crime de abuso sexual desde novembro de 2019. Ele é acusado pela enfermeira Gisela Marisol Doyle de estupro. De acordo com depoimento à Justiça Argentina, ela disse que o jogador a levou para um banheiro e lá tiveram relações sem o consentimento dela por cerca de uma hora. A princípio, a defesa do atleta nega as acusações e alega que Gisela está querendo aproveitar o caso para extorquir Cristián Pavón.
Direção perigosa
Em dezembro de 2021, Rodrigo Pavón, irmão de Cristián, foi preso por direção perigosa, embriaguez e agressão verbal e física a polícias. Após receber voz de prisão, Rodrigo e dois amigos foram acusados de “resistência à prisão” e por causar “ferimentos leves em agentes da lei”. Desde então, o irmão do atacante responde as acusações em liberdade. Na época, o jogador do Boca Juniors se disse vítima de perseguição policial.
Embriaguez e alta velocidade
Há quatro anos, Federico Pavón, irmão mais novo de Cristián, esteve envolvido em problemas com a polícia argentina. Ele foi detido durante uma perseguição no Centro de Buenos Aires. Na época, foi parado por “dirigir embriagado”, “dirigir em alta velocidade” e “direção perigosa”. Na operação, que contou com a participação de 15 agentes da lei, Federico utilizou palavras pejorativas ao ser preso por uma oficial. Apesar disso, foi liberado após pagar fiança no valor de US$ 50 mil (R$ 299 mil).