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Paulo Sousa liderou Campeonato Italiano na Fiorentina, mas sofreu com eliminações: relembre sua carreira dentro e fora de campo

Anunciado oficialmente pelo Flamengo, treinador português se notabilizou por comandar equipe ofensiva em Florença durante duas temporadas Palpites de futebol todos os dias

Por Álvaro Logullo Neto em 29/12/2021 15:38 - Atualizado há 9 meses

Max Rossi / Reuters

Paulo Sousa foi oficializado como novo técnico do Flamengo nesta quarta-feira (29). O português de 51 anos chega ao Rio de Janeiro com a missão de resgatar o futebol apresentado pelo Rubro-Negro nos tempos do conterrâneo Jorge Jesus. Contudo, as características, preferências e ideologias do provável próximo treinador do Mengão ainda podem ser deconhecidas do público geral.

Sem jamais ter treinado uma grande potência do futebol europeu, Paulo Sousa, no entanto, possui no currículo uma passagem duradoura pela Fiorentina. No total, foram 95 partidas à frente da Viola. Ou seja, sua maior marca por qualquer equipe na carreira. Durante duas temporadas, entre 2015 e 2017, o português chegou até mesmo a liderar o Campeonato Italiano com a esquadra roxa. Algumas eliminações frustrantes, entretanto, acabaram manchando o bom retrospecto geral que ele teve com a Fiorentina.

O caminho de Paulo Sousa até a Itália

Ainda como jogador, Paulo Sousa já havia cruzado o caminho do futebol italiano. Revelado pelo Benfica, ele se transferiu de maneira polêmica ao Sporting, antes de encontrar, na Juventus, seu melhor desempenho. Entre 1994 e 1996, conquistou quatro troféus — sendo um deles o da Champions League. Meio-campista responsável por uma função mais defensiva, o português atuou 79 partidas pela Juve e depois rumou ao Borussia Dortmund.

No time alemão também foi bem. Venceu novamente a Liga dos Campeões, já na temporada 1996-97, além do Mundial de Clubes, contra o Cruzeiro. Daí em diante, porém, conviveu com lesões e viu sua carreira cair em declínio. Ainda atuou por Inter de Milão, Parma, Panathinaikos e Espanyol antes de pendurar as chuteiras.

Como treinador, iniciou os trabalho no sub-16 de Portugal. Pelo selecionado nacional, aliás, Paulo Sousa marcara seis vezes em 52 jogos nos tempos de jogador. Após o período na seleção, se aventurou por Inglaterra (Queens Park Rangers, Swansea e Leicester), além de computar passagens pelo futebol da Hungria e de Israel.

Foi no Basel, da Suíça, contudo, que Sousa conseguiu seu primeiro trabalho de destaque como treinador. Além de um título nacional, alcançou as oitavas de final da Champions após desbancar o Liverpool na fase de grupos. Acabou perdendo para o Porto na eliminatória, mas conseguiu chamar a atenção da Fiorentina. Paulo Sousa, então, fez o caminho de volta ao futebol italiano.

Início promissor na Fiorentina

Paulo Sousa se tornou o primeiro português a comandar a Viola na história. Ele herdou uma equipe que já possuía DNA ofensivo há cerca de três anos. Sob comando de Vincenzo Montella, o time conseguiu a 4ª colocação em três campeonatos italianos consecutivos. No entanto, algumas peças foram perdidas durante este período de transição, principalmente no meio-campo e ataque.

Ainda assim, mesmo sem Alberto Aquilani, David Pizarro, Juan Vargas, Mario Gómez e Joaquín, Paulo Sousa encontrou rapidamente uma configuração que simulava os times anteriores da Viola. O pilar do time era Josip Ilicic, meia esloveno que se convertia naturalmente a um segundo atacante. A sua frente, Nikola Kalinic, além do parceiro Federico Bernardeschi pelo meio e Borja Valero, mais atrás, organizando a saída de bola. Uma mistura bem dosada entre experiência e juventude que se converteu em gols. O português costumava levar a campo uma espécie de 3-4-2-1, com o ótimo Marcos Alonso aberto na esquerda.

A Fiorentina começou o Campeonato Italiano com tudo. Nos primeiros 12 jogos, venceu nove e chegou a liderar a tabela em cinco rodadas neste período. No entanto, o gás do elenco, já mais limitado que em anos anteriores, foi se esgotando com o passar da temporada. No fim, a Viola acabou caindo de forma gradual na tabela, terminando em 5º, com 67 pontos, 60 gols marcados e 42 sofridos.

Um ataque levemente pior que o das temporadas com Montella, mas com pequena evolução em quesitos defensivos. Já nas competições eliminatórias, dois insucessos precoces. Derrota para o pequenino Carpi, em casa, nas oitavas de final da Copa Itália e eliminação frente ao Tottenham, em duelo da primeira fase eliminatória da Europa League. O confronto com os ingleses, contudo, poderia ter sido evitado caso a Fiorentina terminasse sua chave na primeira colocação, o que não aconteceu.

Fim da passagem por Florença

Para a temporada 2016-17, Paulo Sousa perdeu Marcos Alonso, destaque da equipe pela ala-esquerda. Enfim, sem grandes contratações à disposição, o português tentou manter o mesmo desenho tático que obteve algum sucesso no ano anterior, mas jamais conseguiu tal consistência. Isso fez com que Sousa mudasse a dinâmica no meio do caminho, optando por um 4-2-3-1, com Tello e Bernardeschi como pontas e Kalinic na referência.

O croata desandou a fazer gols, mas esta foi a única boa notícia na temporada. No mais, queda brusca de desempenho defensivo, que acarretou em 57 gols sofridos em 38 rodadas. O resultado final foi a 8ª colocação, num campeonato em que a Fiorentina jamais superou o sexto posto. O grande baque da temporada, contudo, ficou por conta da eliminação na Europa League.

Após vencer o Borussia Monchengladbach, na Alemanha, por 1 a 0, a Viola vencia por 2 a 0 em seu estádio, encaminhando uma vaga para as oitavas do torneio. Só que o time de Paulo Sousa sofreu QUATRO gols em um período de 16 minutos entre primeira e segunda etapa. Vexame no Estádio Artemio Franchi, que basicamente abalou a continuidade do treinador na equipe. Na Copa Itália, outra eliminação, desta vez para o Napoli, na fase de quartas de final. Paulo Sousa até encerrou a temporada, mas não renovou o contrato e deu adeus a Fiorentina.

No fim, o português pegou um elenco  mais enxuto do que em anos anteriores, mas foi capaz de manter vivo seu brilho ofensivo. A Viola seguiu marcando muitos gols. A defesa até deu bons sinais no início, mas acabou se tornando o calcanhar de Aquiles do time. Ainda assim, até o início da atual temporada, muitos torcedores em Florença diriam que aquela Fiorentina de Paulo Sousa havia sido a última a ‘jogar bonito’.

Paulo Sousa pós-Fiorentina

Após deixar a Viola na metade de 2017, Paulo Sousa treinou brevemente o Tianjin Quanjian, da China. Depois, assumiu o Bordeaux, da França, no que foi sua última passagem por clubes. Lá, pegou o time no fim de uma temporada e começou a seguinte, mas sequer terminou o campeonato. Em março de 2020 deixou o Bordeaux após um ano e meio devido a algumas divergências com a diretoria.

Assumiu, então, a seleção da Polônia, mas já podemos dizer que esta relação também se encerrou de maneira igualmente negativa. Sousa, que sequer morou na Polônia enquanto comandou o time nacional, deixou o país a três meses de uma disputa por vaga na próxima Copa através da repescagem. Os números do português à frente de Robert Lewandovski e companhia não são bons: 6 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, sendo que todos os triunfos vieram contra as mesmas três seleções (Albânia, Andorra e San Marino). Além disso, a Polônia também amargou uma eliminação na primeira fase da última Eurocopa.

Enfim, o português agora chega ao Flamengo, onde tentará ter um trabalho, ao menos, duradouro novamente. Se vai dar certo ou não, somente o tempo dirá, mas o treinador já pode ter algum parâmetro de análise a partir destes dois anos de Sousa no comando da Fiorentina. Um time com bons atributos, estilo de jogo dominante e que marcava muitos gols. Um mesmo time, porém, que apresentava lacunas defensivas e que sofreu derrotas amargas em partidas decisivas.

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