Nadadora transexual bate recordes na categoria feminina e gera muita polêmica, com direito a demissão
Nadadora Lia Thomas competia entre os homens com o nome de Will, mas hoje está na categoria feminina
Nadadora Lia Thomas competia entre os homens com o nome de Will, mas hoje está na categoria feminina
A discussão sobre a participação de atletas transexuais nas competições esportivas está longe de ter um final e a cada dia que passa novos debates são gerados. O caso polêmico da vez é o da nadadora norte-americana Lia Thomas, de 22 anos de idade.
Lia, até 2019, competia entre os homens da Universidade da Pensilvânia com o nome de Will. Porém, em 2020, mudou de sexo e esperou um ano para completar o tratamento de 12 meses para suprimir a testosterona do corpo.
Em novembro de 2021, ela voltou às competições de natação nos Estados Unidos, mas agora na categoria feminina, e vem batendo recorde atrás de recorde, causando muita polêmica.
Em dezembro, um grupo de pais da equipe de natação da Pensilvânia enviou uma carta à NCAA, entidade que comanda a natação universitária nos EUA, na qual descreve a situação como uma ameaça à integridade do esporte feminino.
“O precedente que se abre, no qual as mulheres não têm um espaço protegido e equitativo para competir, é uma ameaça direta às atletas do sexo feminino em todas as modalidades. Quais são os limites?”, diz a carta, divulgada pelo jornal “Daily Mail”.
Alguns dias depois, Cynthia Millen pediu demissão do cargo de juíza da Federação USA Swimming, por considerar que “tudo o que era justo na natação estava sendo destruído”.
“Não quero ser uma crítica de Lia — aconteça o que acontecer, é uma pessoa preciosa — mas corpos nadam contra corpos. É um corpo masculino nadando contra um feminino. E esse corpo masculino nunca pode mudar. Esse corpo masculino será sempre um corpo masculino”.
Palavra de advogada e ex-nadadora
Campeã olímpica de natação nos Jogos de 1984, a ex-atleta Nancy Lynn Hogshead, que atualmente é advogada, publicou um texto no “Daily Mail” comentando o caso da Lia Thomas.
“Como advogada dos direitos civis, posso garantir que não é justo para a mulher transgênero Lia Thomas competir na Universidade da Pensilvânia pela NCAA. Seu domínio na categoria feminina não está fazendo nada para gerar maior empatia na sociedade por práticas inclusivas para comunidade trans”, disse.
“As mulheres trans devem ter permissão para competir no esporte feminino, desde que possam demonstrar e comprovar que atenuaram as vantagens atléticas que os homens têm sobre as mulheres”, finalizou Nancy.
A transição de Lia
Em entrevista à imprensa local, Lia Thomas, o centro de toda essa polêmica, explicou como aconteceu a sua mudança de sexo.
“Percebi que era transexual em 2018. Havia muita incerteza. Eu não sabia o que fazer. Resolvi nadar nessa temporada como homem, sem sair do armário, e isso me angustiou muito. Lutei, minha saúde mental não estava muito boa. Eu estava muito inquieta e me sentia presa em meu corpo”, relatou.
“Foi quando decidi que havia chegado o momento de começar minha transição”, finalizou Lia Thomas, que começou o tratamento hormonal ainda em 2019.
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