Flamengo viveu uma montanha russa de emoções com os técnicos Renato Gaúcho, Rogério Ceni e Maurício Souza comandando a equipe em 2021
O Flamengo conviveu em 2021 com uma instabilidade que não estava acostumada desde o período vitorioso de 2019 sob comando do técnico Jorge Jesus. Mesmo vindo de uma conquista do Campeonato Brasileiro na temporada passada, diversos foram os problemas envolvendo o comando técnico.
Rogério Ceni foi o ponto de partida após ter sido mantido com a conquista do Brasileirão 2020, que foi encerrado apenas em fevereiro deste ano. Depois, foi a vez de Renato Gaúcho assumir o comando técnico e levar o Flamengo até a final da Libertadores, onde foi derrotado pelo Palmeiras e demitido. Por fim, Maurício Souza assumiu nos períodos entre as demissões de ambos os técnicos.
Ainda em busca de um novo técnico para 2022 e com Jorge Jesus sendo o favorito para assumir o comando, o Torcedores.com aproveita para relembrar o desempenho dos técnicos do Flamengo em 2021.
Rogério Ceni
Jogos | 23 | ||||||||||
Vitórias | 12 | ||||||||||
Empates | 6 | ||||||||||
Derrotas | 5 | ||||||||||
Gols marcados | 48 | ||||||||||
Gols sofridos | 29 |
Para falarmos de Rogério Ceni, precisamos voltar para novembro de 2020, quando foi anunciada a chegada do treinador que acabou largando o trabalho no Fortaleza para substituir o técnico Domènec Torrent.
Anunciado como auxiliar de Pep Guardiola, o espanhol acabou não tendo muito apoio da torcida por ter modificado o estilo de jogo implementado por Jorge Jesus. O período de transição foi duro para o atual elenco e goleadas dos rivais se tornaram frequentes, com o Flamengo sofrendo muitos gols sob comando do espanhol.
Rogério Ceni foi contratado com propósito de aprimorar o chamado “jogo de posição” do espanhol e principalmente melhorar o sistema defensivo.
O rubro-negro carioca foi campeão brasileiro sob comando de Rogério, mas a campanha que foi encerrada com derrota diante do São Paulo por 2 a 1 no Morumbi acabou colocando dúvidas quanto à continuação do técnico.
Os resultados iniciais no Brasileirão 2021 foram vistos como decepcionantes e a derrota para o Atlético-MG na 10ª rodada foi vista como decisiva para a interrupção do trabalho, anunciada na madrugada do dia 10 de julho, um sábado, por volta das 2h45.
Num total de 45 partidas, Rogério Ceni conseguiu 59,3% de aproveitamento com 23 vitórias, 11 empates e 11 derrotas.
Renato Gaúcho
Jogos | 37 | ||||||||||
Vitórias | 24 | ||||||||||
Empates | 8 | ||||||||||
Derrotas | 5 | ||||||||||
Gols marcados | 87 | ||||||||||
Gols sofridos | 32 |
Já com a rodada de negociações em andamento, o Flamengo demorou poucas horas para anunciar oficialmente que Renato Gaúcho havia acertado contrato para assumir o rubro-negro carioca até fim de 2021 pelo menos.
A apresentação ocorreu no dia 12 de julho, onde disse que estava tendo um “sonho sendo realizado” pois o treinador nunca havia escondido que sua maior meta como técnico seria treinar o Flamengo algum dia, esperando pela oportunidade certa para conseguir essa realização.
Com isso, a torcida ficou empolgada ao lembrar dos melhores momentos de Renato Gaúcho no comando do Grêmio e estava esperançosa com a retomada do grande desempenho ofensivo que lembrasse a equipe de Jorge Jesus.
O início do trabalho foi avassalador com as individualidades sendo valorizadas e valorização da marcação em bloco alto, além da pressão pós-perda, interrompendo a maior valorização da posse de bola que havia sido marca de Rogério Ceni.
Goleadas contra Bahia (0-5), Defensa y Justicia (4-1), São Paulo (5-1) e ABC (6-0) marcaram o início do trabalho de Renato. O rubro-negro carioca seguiu firme após derrota para o Internacional por 4 a 0 e goleou o Olimpia (1-4, 5-1), o Grêmio (0-4) e o Santos (0-4).
Porém, as lesões e a queda natural de desempenho dos jogadores com o avanço da temporada fizeram com que Renato Gaúcho fosse mais exigido na organização tática do Flamengo. A partir disso, as transições defensivas lentas e desorganizadas viraram um problema sério.
As goleadas desapareceram, os empates contra América-MG, Red Bull Bragantino e Cuiabá foram marcantes, fazendo o Flamengo ser vaiado pela primeira vez na temporada. Em seguida, foi derrotado pelo Fluminense em pleno Maracanã.
Mas a torcida perdeu a paciência de vez no jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil, quando o Athletico venceu por 3 a 0 e calou o Maracanã, que só voltou a cantar para xingar Renato e exigir a volta de Jorge Jesus.
Renato Gáucho esboçou uma reação nas vitórias contra Bahia (3-0), São Paulo (0-4), Corinthians (1-0) e Internacional (1-2). Mas o empate diante do Grêmio (2-2) com um jogador a mais durante todo o segundo tempo e a derrota na final da Libertadores contra o Palmeiras (2-1) causaram a interrupção do trabalho.
Foram 38 jogos disputados, com 25 vitórias, 8 empates e 5 derrotas, um aproveitamento de 72,1%. Apesar desse número positivo, o Flamengo de Renato Gaúcho sofreu gols em 54% dos jogos disputados, apesar de ter marcado em 89% dos mesmos.
Maurício Souza
Jogos | 15 | ||||||||||
Vitórias | 10 | ||||||||||
Empates | 2 | ||||||||||
Derrotas | 3 | ||||||||||
Gols marcados | 21 | ||||||||||
Gols sofridos | 9 |
Por fim, o técnico interino Maurício Souza precisa ser lembrado pois comandou a equipe em 19 oportunidades durante toda a temporada.
No Campeonato Carioca, ficou responsável pelos primeiros quatro jogos enquanto os titulares e Rogério Ceni se preparam para a Libertadores. Foram 4 vitórias, 2 empates e 1 derrota no Cariocão.
Depois, o interino precisou treinar o Flamengo nos jogos contra Coritiba e América-MG pelo Brasileirão pois Rogério Ceni estava infectado com Covid-19. Mais tarde, acabou treinando contra a Chapecoense para cobrir a demissão de Rogério.
Com a chegada de Renato Gaúcho, Maurício Souza foi promovido da equipe Sub-20 e acabou sendo efetivado como auxiliar técnico permanente. Na beira do campo, voltou a ter oportunidade no jogo de volta diante do ABC pelas oitavas da Copa do Brasil, depois do Flamengo ter vencido a ida por 6 a 0.
No fim da temporada, após a demissão de Renato Gaúcho, comandou o Flamengo contra Ceará (2-1), Sport (1-1), Santos (0-1) e Atlético-GO (0-2).
Foram 15 jogos ao todo, com 10 vitórias, 2 empates e 3 derrotas.
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