Em ano de Olimpíadas, recordes batidos e conquistas históricas, o tênis se viu cercado, também, por pautas que extrapolaram as quadras
O ano de 2021 foi movimentado no mundo do tênis. De conquistas épicas a debates acalorados nas coletivas de imprensa, o amante do esporte se viu cercado por assuntos que se estendem para fora das linhas das quadras. Nas Olimpíadas, certamente o momento mais emocionante para o fã brasileiro, com a conquista da medalha de bronze nas duplas femininas. No entanto, este não foi o único feito histórico atingido durante o ano.
Novk Djokovic bateu na trave na tentativa de conquistar o inédito ‘Golden Slam’ entre os homens. Ainda assim, o sérvio alcançou os 20 Grand Slams e quebrou outros recordes. Diferentemente dele, Roger Federer e Rafael Nadal tiveram jornadas complicadas, envoltas por lesões. Nesse contexto, Daniil Medvedev conquistou seu primeiro título de Major no US Open. No feminino, a ‘adolescente’ Emma Raducanu fez o mesmo.
E ainda teve feito histórico no tênis entre cadeirantes, além de muitas e muitas polêmicas fora das quadras. Afinal. onde estava Peng Shuai, a tenista chinesa que ‘sumiu’ após uma denúncia de assédio, mas reapareceu sem grandes explicações? Já a multicampeã Naomi Osaka travou suas principais batalhas… nas salas de imprensa. E Djokovic, tomou ou não tomou a vacina contra Covid-19?
Tudo isso e mais um pouco, você confere agora nesta lista elaborada pelo Torcedores.com com 10 dos principais acontecimentos que marcaram o tênis em 2021.
Medalha de bronze do Brasil nas Olimpíadas
Começando com o melhor! O dia 31 de julho de 2021 foi histórico para o tênis brasileiro. Isso porque Luisa Stefani e Laura Pigossi tornaram-se as primeiras medalhistas (entre homens e mulheres) em Olimpíadas da história do país no esporte. A dupla venceu Elena Vesnina e Veronica Kudermetova, da Rússia, de maneira épica, com direito a match points salvos no set decisivo. E o mais louco? As brasileiras só descobriram que estavam classificadas para Tóquio OITO dias antes do início dos Jogos. Isso que é destino…
Zverev e Bencic conquistam o ouro em Tóquio
Ainda falando de Olimpíadas, Alexander Zverev e Belinda Bencic foram os medalhistas de ouro em Tóquio. O alemão frustou os planos de Novak Djokovic ainda na semifinal e, na grande decisão, bateu o russo Karen Khachanov. Já Bencic venceu Marketa Vondrousova, da República Tcheca, para conquistar a medalha inédita. A suíça ainda faturou a prata nas duplas, atuando ao lado de Viktorija Golubic.
Djokovic chega aos 20 títulos de Grand Slam
Nos Jogos de Tóquio, a medalha para Novak Djokovic não veio. Entretanto, a temporada do tenista sérvio foi simplesmente fantástica. Isso porque ele conquistou o Australian Open, Roland Garros e Wimbledon, empatando, assim, com Nadal e Federer em conquistas de Grand Slams: 20 para cada. Nole ainda se tornou o tenista com mais semanas no topo do ranking da ATP em 2021, além de encerrar o sétimo ano na liderança (também um recorde). Faltou, de fato, ‘apenas’ a conquista das Olimpíadas e do US Open, que acabou vencido por Daniil Medveded.
Golden Slam no tênis entre cadeirantes
Mas se Djokovic não conseguiu o Golden Slam em simples, no tênis entre cadeirantes, um australiano atingiu a marca histórica. Dylan Alcott, de 30 anos, venceu os quatro grand slams em 2021 e ainda faturou a medalha de ouro em Tóquio, ‘zerando’ o ano. Alcott anunciou também que se aposentará do esporte após a disputa do Australian Open de 2022.
Mais uma cirurgia para Federer
Nem tudo em 2021 foi festa. Para os fãs de Roger Federer, uma nova má notícia comprometeu toda a temporada do suíço. Aos 40 anos, ele se recupera de mais uma cirurgia no joelho, que foi feita após sua eliminação nas quartas de final de Wimbledon. Na ocasião, Federer perdeu para o polonês Hubert Hurkacz. Sendo assim, Roger estará fora de ação, ao menos, até a metade do ano que vem. Mas ele promete que voltará forte para realizar os últimos desejos que ainda nutre em sua vitoriosa carreira.
— Roger Federer (@rogerfederer) July 13, 2021
Nadal fora do Top 8 da ATP
Outro que também sofreu com problemas físicos em 2021 foi Rafael Nadal. Na verdade, o espanhol teve a sua pior temporada desde o comecinho da carreira. Nadal seque terminou entre os oito melhores do ano e, por isso, não foi chamado para a disputa do ATP Finals pela primeira vez em 16 anos. Enfim, o Touro Miúra não iria para a disputa de qualquer forma devido a uma lesão. Assim como Federer, contudo, o ex-número 1 promete voltar forte para 2022. Diferentemente do suíço, ele está confirmado para a disputa do Australian Open, já no mês de janeiro.
Raducanu e Medvedev vencem Grand Slam
Foi no US Open que, tanto Emma Raducanu, quanto Daniil Medvedev, venceram seus primeiros grand slams na carreira. A tenista britânica de apenas 19 anos fez uma final ‘adolescente’ contra Leyla Fernández. Já o russo precisou desbancar Novak Djokovic, seu algoz na Austrália ainda no início do ano, para ficar com o título inédito. Além disso, Medvedev persegue o sérvio com afinco pela liderança do ranking da ATP.
Naomi Osaka x Imprensa
Fora das quadras, Naomi Osaka protagonizou um embate contra a imprensa em prol da saúde mental. Tudo começou em Roland Garros, quando a japonesa desistiu de jogar pela segunda rodada, alegando estar exausta mentalmente por conta, também, da pressão exercida por jornalistas nas salas de entrevistas. A tenista foi às Olimpíadas de Tóquio e depois ao US Open, mas amargou derrotas duras em ambas as competições.
Sendo assim, anunciou que faria uma pausa para poder cuidar de sua mente. A posição de Osaka abriu uma ampla discussão sobre o impacto da imprensa especializada em tênis, de um modo geral, na saúde mental de atletas do circuito e a obrigatoriedade de entrevistas após todos os jogos.
Peng Shuai desaparecida?
Já em novembro, um caso envolvendo a tenista chinesa Peng Shuai despertou atenção global. Após uma denúncia de assédio por parte de um ex-governante de seu país nas redes sociais, ela não foi mais encontrada por, ao menos duas semanas. A falta de informações sobre seu paradeiro chocou a Associação de Tênis Feminino (WTA) — que anunciou o cancelamento de torneios na China — assim como ONGs e até mesmo tenistas.
No entanto, após o desaparecimento, Peng foi localizada e, inclusive, disse jamais ter feito qualquer denúncia. Ainda não se sabe, contudo, qual a real situação da tenista após todos os desdobramentos do caso.
Djokovic tomou ou não vacina?
Por fim, uma discussão que certamente vai se alongar para 2022. Afinal, Djokovic se imunizou contra a Covid-19? Tal procedimento é obrigatório para que o tenista dispute o Australian Open, mas ele ainda não falou com clareza sobre o assunto. O que se sabe, entretanto, é que Djokovic já declarou que não gostaria de ser forçado a se vacinar para jogar. A organização do torneio australiano não pretende abrir qualquer exceção para o nove vezes campeão, algo que já deixou até o pai do sérvio descontente. Enfim, uma novela que pode estar longe do fim…
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