Treinador teme que Bolsonaro faça uso político da seleção brasileira
Tite já tomou mais uma decisão enquanto profissional da seleção brasileira. Desta vez, não se trata de uma escolha sobre o time titular, mas de bastidores. De acordo com o site Globo Esporte (GE), o treinador não vai acompanhar a delegação até Brasília, em caso de título da Copa do Mundo 2022.
Nesse sentido, ele não vai se encontrar com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem mandato até o fim do referido ano.
Segundo o portal de notícias, Tite não vai visitar o servidor público antes ou depois da competição internacional ser realizada.
O profissional da bola teme que Bolsonaro faça uso político da seleção brasileira. A Copa do Mundo termina no dia 18 de dezembro, ou seja, depois das eleições presidenciais.
O primeiro turno da corrida eleitoral está marcado para o dia 2 de outubro. Já o segundo turno, se necessário, ocorre no dia 30. Jair Bolsonaro deve ser um dos candidatos.
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“Seguro da escolha, Tite trata esta decisão como inegociável. Em 2018 ele também estava resolvido a não visitar o então presidente Michel Temer em caso de vitória na Copa da Rússia”, publica o GE.
Tradição e polarização eleitoral
O Brasil é pentacampeão mundial. Conquistou os títulos nos anos 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Em todas as conquistas, o time canarinho sempre visitou o presidente da República em exercício.
A lista de presidentes tem os seguintes nomes: Juscelino Kubitschek, João Goulart, Emílio Médici, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.
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O cenário atual, entretanto, é muito diferente. De acordo com o GE, Tite entende que a sociedade está polarizada. E isso deve ficar mais latente em 2022, ano de eleições.
Visita a político
O Corinthians foi campeão da Libertadores, em 2012, e Tite era o técnico do clube paulista. Após o título, dirigentes e o ex-técnico do Timão visitaram Lula (principal adversário de Bolsonaro) e levaram o troféu para o petista que é, assumidamente, corintiano.
Anos depois, a imagem foi utilizada para apontar Tite como alguém, ideologicamente, de esquerda, o que ele nega: “não sou comunista, sou humanista”, costuma declarar.
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Quando a visita ocorreu, Lula não ocupava mais o cargo de presidente da República. Apesar disso, o treinador diz se arrepender de tal ato.
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