Sylvinho fala de “nervosismo” para justificar alto número de cruzamentos do Corinthians contra a Chapecoense
Mesmo sem um centroavante de ofício, Corinthians cruzou 38 bolas na área da Chapecoense
Mesmo sem um centroavante de ofício, Corinthians cruzou 38 bolas na área da Chapecoense
Na última segunda-feira (1), o Corinthians venceu a Chapecoense pelo placar de 1 x 0, com gol de Róger Guedes, marcado no último lance da partida. Mas apesar dos três pontos, muitas críticas foram feitas a forma como o Timão atuou. Um dos problemas foi o alto número de cruzamentos efetuados ao longo da partida.
Em entrevista coletiva concedida após a partida do Brasileirão, Sylvinho explicou por que o Corinthians optou por essas jogadas.
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Não sou somente eu quem escolhe, o atleta joga, nós montamos uma estratégia. O outro time se defende em duas linhas de quatro e te dá o lado do campo, onde o cruzamento é um passe incerto. Se ele fecha por dentro, onde queremos entrar, e o atleta de mais qualidade quer o passe, mas sobra a amplitude. Mas na construção de jogo ela vira uma segunda opção. Entrar por dentro não somos nós que escolhemos. Se a gente faz um gol no começo, te sobra amplitude e por dentro.
Então seja, quanto mais tranquilo estiver em campo, eu escolho, o adversário sai. Fica fácil. Não foi fácil, criamos situações por dentro e fora, mas o gol não veio. Ficamos mais nervosos, com adversário, arbitragem, atraso do jogo, mas é do jogo. Um time menos qualificado tecnicamente consegue ganhar do líder, isso ocorre no futebol, sabíamos da dificuldade, mas também da responsabilidade de ganhar em casa.
Detalhes sobre a estratégia utilizada no confronto
Em seguida, Sylvinho deu mais detalhes sobre a questão envolvendo os cruzamentos na área da Chapecoense.
“Quando você tem um time adversário que atrasa as linhas, vem na proposta de se defender o tempo que for necessário… Obviamente a melhor jogada que tem hoje no futebol é entrar entre as linhas, aquela parte do meio-campo que você passa a primeira linha do adversário, seu atleta recebe, vira e joga contra a parte defensiva. Mas nem sempre ocorre isso porque essas linhas são curtas, aí você busca amplitude, aí vem o cruzamento. Da amplitude você não volta mais. A não ser que o adversário te feche. No mundo inteiro se escuta falar, grandes treinadores falam: “Se fecham, eu tenho que dar amplitude, aí fico com cruzamento”. O cruzamento é quase um passe incerto, não é algo seguro como trabalhar entre as linhas.
É mais fácil a execução, tem mais controle da situação. Mas quando entra na amplitude é porque está tudo fechado por dentro. Mas respondendo à pergunta, sim, o primeiro pau é algo que a gente ataca muito. Não somos um time de muita altura. E já fizemos gols assim, Roni, Jô, em bola de cruzamento que ele gira como quase fez hoje. Nos faltou um pouco de entrada no primeiro pau. Um atleta entra ali e desvia a bola ou cria espaço atrás na área.
São 38 cruzamentos, primeiro. Segundo, esperávamos porque a explicação que dei anterior era essa. Quando um time se fecha, vão vir os cruzamentos. Aí volto a dizer, faltou entrada no primeiro pau. E o Jô era essa opção, pensávamos, mas buscávamos um posicionamento da segunda linha de meio-campo, sobre como ficaria, talvez por isso demorou. Mas poderia entrar antes? Sim, sem problema nenhum. O Jô entrou, deu sustentação na área. No cruzamento do escanteio o Jô sobe com o Gil para sobrar no Róger no segundo pau, uma jogada que temos onde ele se afastar para a segunda trave para marcar.”
O adversário fecha, você abre. Faltou um homem de primeiro pau para puxar e desmontar essa linha. O adversário preenchia a área. Se não mexer no primeiro pau, desestabilizar, mudar o posicionamento, fica simples para tirar. É algo trabalhado, mas ao longo do tempo, não saindo gol, tivemos que insistir mais. Era muito difícil entrar por dentro, e as opções foram essas. Tivemos 38 cruzamentos, que são passes incertos. No contra-ataque é mais fácil, a área está mais limpa, mas com oito atletas na área é mais difícil. Se teve um erro nosso, não foi o cruzamento, mas sim atacar a bola.”
Mais informações do Corinthians
Com os três pontos em casa, o Corinthians chegou aos 44 pontos, assumindo a 6ª colocação do Brasileirão. Além disso, a equipe ampliou sua sequência invicta em casa. São sete jogos sem derrota, sendo dois empates e cinco vitórias. Além disso, três vieram nos últimos jogos (Bahia, Fluminense e Chapecoense), onde a torcida esteve de volta à Neo Química Arena.
A expectativa agora é que esse desempenho seja mantido nas próximas rodadas. Principalmente já no próximo sábado (6), quando o clube terá um duelo direto contra o Fortaleza. Isso porque uma vitória contra o Leão fará com a equipe paulista encoste de vez no G4.
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