Home Futebol Sylvinho fala de “nervosismo” para justificar alto número de cruzamentos do Corinthians contra a Chapecoense

Sylvinho fala de “nervosismo” para justificar alto número de cruzamentos do Corinthians contra a Chapecoense

Mesmo sem um centroavante de ofício, Corinthians cruzou 38 bolas na área da Chapecoense

Flavio Souza
Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo. Desde 2006 escrevo sobre esportes em geral, ingressando em dezembro de 2018 no site Torcedores.com, onde atualmente exerço função de Colaborador Sênior. Atualmente meu foco é no futebol brasileiro e internacional, mas procuro falar sobre outras modalidades, como esportes olímpicos, por exemplo. Meu foco é trazer informações relevantes sobre os clubes fora de campo, como entrevistas, análises financeiras, desempenho das equipes em redes sociais e análises táticas.

Mesmo sem um centroavante de ofício, Corinthians cruzou 38 bolas na área da Chapecoense

Na última segunda-feira (1), o Corinthians venceu a Chapecoense pelo placar de 1 x 0, com gol de Róger Guedes, marcado no último lance da partida. Mas apesar dos três pontos, muitas críticas foram feitas a forma como o Timão atuou. Um dos problemas foi o alto número de cruzamentos efetuados ao longo da partida.

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Em entrevista coletiva concedida após a partida do Brasileirão, Sylvinho explicou por que o Corinthians optou por essas jogadas.
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Não sou somente eu quem escolhe, o atleta joga, nós montamos uma estratégia. O outro time se defende em duas linhas de quatro e te dá o lado do campo, onde o cruzamento é um passe incerto. Se ele fecha por dentro, onde queremos entrar, e o atleta de mais qualidade quer o passe, mas sobra a amplitude. Mas na construção de jogo ela vira uma segunda opção. Entrar por dentro não somos nós que escolhemos. Se a gente faz um gol no começo, te sobra amplitude e por dentro.

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Então seja, quanto mais tranquilo estiver em campo, eu escolho, o adversário sai. Fica fácil. Não foi fácil, criamos situações por dentro e fora, mas o gol não veio. Ficamos mais nervosos, com adversário, arbitragem, atraso do jogo, mas é do jogo. Um time menos qualificado tecnicamente consegue ganhar do líder, isso ocorre no futebol, sabíamos da dificuldade, mas também da responsabilidade de ganhar em casa.

Detalhes sobre a estratégia utilizada no confronto

Em seguida, Sylvinho deu mais detalhes sobre a questão envolvendo os cruzamentos na área da Chapecoense.

“Quando você tem um time adversário que atrasa as linhas, vem na proposta de se defender o tempo que for necessário… Obviamente a melhor jogada que tem hoje no futebol é entrar entre as linhas, aquela parte do meio-campo que você passa a primeira linha do adversário, seu atleta recebe, vira e joga contra a parte defensiva. Mas nem sempre ocorre isso porque essas linhas são curtas, aí você busca amplitude, aí vem o cruzamento. Da amplitude você não volta mais. A não ser que o adversário te feche. No mundo inteiro se escuta falar, grandes treinadores falam: “Se fecham, eu tenho que dar amplitude, aí fico com cruzamento”. O cruzamento é quase um passe incerto, não é algo seguro como trabalhar entre as linhas.

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É mais fácil a execução, tem mais controle da situação. Mas quando entra na amplitude é porque está tudo fechado por dentro. Mas respondendo à pergunta, sim, o primeiro pau é algo que a gente ataca muito. Não somos um time de muita altura. E já fizemos gols assim, Roni, Jô, em bola de cruzamento que ele gira como quase fez hoje. Nos faltou um pouco de entrada no primeiro pau. Um atleta entra ali e desvia a bola ou cria espaço atrás na área.

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São 38 cruzamentos, primeiro. Segundo, esperávamos porque a explicação que dei anterior era essa. Quando um time se fecha, vão vir os cruzamentos. Aí volto a dizer, faltou entrada no primeiro pau. E o Jô era essa opção, pensávamos, mas buscávamos um posicionamento da segunda linha de meio-campo, sobre como ficaria, talvez por isso demorou. Mas poderia entrar antes? Sim, sem problema nenhum. O Jô entrou, deu sustentação na área. No cruzamento do escanteio o Jô sobe com o Gil para sobrar no Róger no segundo pau, uma jogada que temos onde ele se afastar para a segunda trave para marcar.”

O adversário fecha, você abre. Faltou um homem de primeiro pau para puxar e desmontar essa linha. O adversário preenchia a área. Se não mexer no primeiro pau, desestabilizar, mudar o posicionamento, fica simples para tirar. É algo trabalhado, mas ao longo do tempo, não saindo gol, tivemos que insistir mais. Era muito difícil entrar por dentro, e as opções foram essas. Tivemos 38 cruzamentos, que são passes incertos. No contra-ataque é mais fácil, a área está mais limpa, mas com oito atletas na área é mais difícil. Se teve um erro nosso, não foi o cruzamento, mas sim atacar a bola.”

Mais informações do Corinthians

Com os três pontos em casa, o Corinthians chegou aos 44 pontos, assumindo a 6ª colocação do Brasileirão. Além disso, a equipe ampliou sua sequência invicta em casa. São sete jogos sem derrota, sendo dois empates e cinco vitórias. Além disso, três vieram nos últimos jogos (Bahia, Fluminense e Chapecoense), onde a torcida esteve de volta à Neo Química Arena.

A expectativa agora é que esse desempenho seja mantido nas próximas rodadas. Principalmente já no próximo sábado (6), quando o clube terá um duelo direto contra o Fortaleza. Isso porque uma vitória contra o Leão fará com a equipe paulista encoste de vez no G4.

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