Richarlison afirmou que se sente na obrigação de incentivar a vacinação contra covid-19
O atacante Richarlison, do Everton e da seleção brasileira, sempre faz questão de se envolver em causas sociais, e desta vez, voltou a fazer um apelo a favor da vacinação contra a covid-19. Em texto publicado no ‘The Players Tribune’, o jogador afirmou que, como pessoa pública, se sente na obrigação de combater as fakes news contra a vacinação.
“De coração, eu faço um apelo a todos vocês. POR FAVOR, NÃO DEIXE DE TOMAR SUA VACINA! Senti que era necessário passar essa mensagem ao saber que muitas pessoas ainda não se vacinaram. Não por falta de imunizantes nem por atraso na entrega das vacinas, mas por escolha própria. E isso me deixa preocupado. De verdade. Infelizmente, a maioria dessas pessoas tem sido influenciada por informações falsas e teorias da conspiração que geral compartilha nas redes sociais, sem imaginar o estrago que pode causar na saúde de toda a população. Como pessoa pública, me vejo na obrigação de dividir com vocês alguns dados de fontes realmente confiáveis, que podem te fazer rever seus conceitos sobre as vacinas”, disse Richarlison.
“É uma coisa simples, mas que pode fazer a diferença, já que poucos cientistas têm alcance na mídia e na internet. Nós, atletas, temos tantos seguidores, tantas pessoas que param pra ouvir o que a gente fala… Sei que muitos se preservam, já que as redes sociais se tornaram um ambiente pesado e uma terra sem lei mesmo, com os haters e todas as pessoas ruins que estão ali. Você posta alguma informação que pode ser útil e já começam os comentários do tipo “quem não lacra, não lucra” — sendo que toda vez que falamos algo nesse sentido perdemos um monte de seguidor, recebemos comentários de gente que acha que estamos falando para atacar algum político, alguma outra pessoa ou algum outro time. Mas eu não me importo, ainda mais quando existem vidas em jogo. Isso não é brincadeira. Se eu conseguir influenciar uma pessoa a se vacinar, já me sentirei vitorioso por tudo que tentei fazer nesse período. É uma vida que será salva dessa doença e várias outras ao redor que também se beneficiarão.”
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O atacante do Everton ainda destacou os impactos da pandemia na vida das pessoas e nos mais diversos setores da sociedade, e chegou a lembrar de quando não pode se apresentar à seleção brasileira por causa de restrições impostas pelo governo inglês e protocolos sanitários da Premier League.
“A pandemia impactou todos os setores da sociedade. Com o futebol não foi diferente… Tivemos de parar os campeonatos, jogamos por muito tempo em estádios vazios, fazendo testes praticamente todos os dias. Fui impedido de me apresentar numa convocação da Seleção por causa das restrições para viajar ao Brasil. Mas tudo isso fica em segundo plano diante do impacto do coronavírus para milhares de famílias que perderam pessoas queridas nos últimos 19 meses. (…) Como eu venho dizendo, precisamos acabar logo com essa bagaça. E o único caminho para a cura é vacinar geral, o máximo de gente, o mais rápido possível. Estamos quase lá. Só falta empurrar a bola pro gol. E, para isso, temos de pensar no coletivo e atuar como um time. Cada um fazendo a sua parte, nós vamos virar esse jogo. Na verdade, já estamos virando — mas, por experiência própria, o jogo só acaba quando termina. E eu estou aqui de novo, como na época de infância, tentando clarear a jogada”, acrescentou.
Richarlison ainda fez questão de reforçar que a vacina é confiável e tem contribuído para a queda no número de infectados e, principalmente, de mortes – tanto no Brasil quanto no mundo inteiro.
“Não tenho dúvida de que a vacina é confiável. Mas vejo que ainda tem gente com pé atrás, até mesmo alguns atletas. Uma pessoa que não se vacina pode afetar o grupo de jogadores e o clube no geral. E isso vale para qualquer área ou profissão. (…) A vacina é SUA, um direito seu. Não desperdice essa oportunidade. Além de se proteger, você vai ajudar a proteger quem você ama, sua família, seus amigos e todo mundo à sua volta. Faça isso pelos cientistas e profissionais da saúde. Por todos que não tiveram a mesma chance. Pelas mais de 600.000 vítimas da pandemia no Brasil — e as mais de 5 milhões em todo o mundo”, completou Richarlison.
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