Rogério Caboclo contou que a negociação com Xavi durou alguns meses antes do espanhol recusar o convite
O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, se manifestou pela primeira vez sobre a tentativa de contratar o ex-jogador espanhol Xavi como auxiliar técnico da seleção brasileira. Durante sua apresentação como treinador do Barcelona, o ídolo culé revelou que o projeto proposto pelos dirigentes brasileiros previa ainda que ele assumisse o cargo de treinador do Brasil após a Copa do Mundo do Catar, em 2022.
Em entrevista ao blog do Perrone, no UOL Esporte, Caboclo contou que foi ele quem teve a ideia de fazer uma proposta por Xavi “A ideia de tentar trazer o Xavi foi minha. Ninguém sugeriu. A conversa foi minha, diretamente com ele”, disse o dirigente, que explicou ainda que a ideia do espanhol assumir o comando da seleção após a Copa não era uma certeza.
“Não estou desmentindo o Xavi. É uma questão de modo de falar. Atentei para a possibilidade, mediante uma campanha de muito êxito, se ele se estabelecesse no Brasil, se tivesse uma boa adaptação. Uma série de fatores poderia levá-lo a ser treinador da Seleção Brasileira, mas ele não viria sob a condição de ser o técnico depois da Copa de 2022. Dependia dele. Eu disse : ‘vou investir em você”, disse Caboclo.
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Rogério Caboclo contou que chegou a analisar outros nomes antes de decidir pelo de Xavi, e explicou que o ídolo do Barcelona ajudaria a seleção brasileira a suprir uma lacuna de informações do futebol europeu.
“Xavi supriria uma lacuna de informações sobre o futebol internacional. Ele conhece clubes e seleções, tem informações de jogadores mais jovens e de experientes. Não só informações, mas as metodologias que estão sendo usadas lá fora. Ele tem as portas abertas em todos os clubes. A crítica não é que temos pouco enfrentamento com europeus? Nada melhor do que trazer para a nossa seleção alguém como o Xavi para suprir isso”, disse.
“Xavi seria multifuncional, ele também discutiria ideias com o Tite. Como o Thierry Henry na função de assistente do Roberto Martínez. Acho que esse foi um dos motivos de sucesso da Bélgica [na Copa da Rússia]”, acrescentou Caboclo, citando o projeto belga, que eliminou o Brasil na Copa do Mundo da Rússia, em 2018.
Sobre a negociação, Rogério Caboclo admitiu que se encontrou com Xavi e com o agente do então treinador do Al-Sadd. “De fato, nos encontramos. Conversamos com ele e com o agente dele. Falei da ideia, da possibilidade. Perguntei do contrato dele e conversamos sobre conceitos. Entregamos ao agente dele e ao nosso diretor de RH, que era um italiano (Marco Dalpozzo), e ao nosso diretor comercial (Lorenzo Perales), que eu trouxe do Real Madrid”, relembrou.
“A conversa caminhou até certo ponto, até que ele disse que teria eleição no Barcelona e que alguns dos candidatos tinham como meta tê-lo como treinador. Ele é um ícone da nação catalã. Ele queria vir, entre ser o segundo do Tite, com expectativa de ser treinador no Brasil… Ele disse disse que a proposta para trabalhar na Seleção Brasileira era um sonho para ele, mas, que diante do convite para ser treinador do time que é a paixão da vida dele, não poderia assumir outro compromisso”, completou.
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