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Atlético-MG encaminha o título brasileiro com imposição técnica, agressividade e muita velocidade

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a virada sobre o Fluminense de Marcão e explica como o “Galo Doido” representa as ideias de Cuca

Por Luiz Ferreira em 28/11/2021 20:21 - Atualizado há 3 anos

Pedro Souza / Atlético-MG

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a virada sobre o Fluminense de Marcão e explica como o “Galo Doido” representa as ideias de Cuca

Já faz algum tempo que não se fala mais de “se” e sim sobre “quando” o torcedor do Atlético-MG vai comemorar a conquista do Campeonato Brasileiro e a quebra de um jejum que já dura 50 anos. Ainda que a vitória de virada sobre o Fluminense neste domingo (28) tenha sido marcada por um pênalti altamente questionável pelo árbitro Marielson Alves, o volume de jogo, a imposição técnica e a velocidade colocada pelo escrete comandado por Cuca simplesmente tiraram qualquer chance de reação do Tricolor das Laranjeiras. Difícil não ver no Atlético-MG de 2021 tudo aquilo que Cuca sempre buscou nas equipes que treinou. Agressividade, volume de jogo, intensidade nos movimentos e a cada vez mais clara imposição técnica de Hulk (talvez o grande nome da competição), Zaracho, Jair, Allan, Everson, Junior Alonso e companhia. Impossível não ver as ideias do treinador atleticano no chamado “Galo Doido”.

Isso porque o Atlético-MG não é uma das equipes que demoram muito para engrenar numa partida. O comportamento mais agressivo e mais vertical ajuda na postura mais ofensiva e na ocupação dos espaços no campo de ataque (ainda que falte um pouco de organização e coordenação dos espaços lá na frente). E para o jogo deste domingo (28), Cuca apostou num 4-4-2 que lembrava muito um 4-2-2-2 dos anos 1990. Allan e Jair cuidavam da saída de bola, Zaracho e Keno abriam o corredor para as subidas de Mariano e Guilherme Arana e Hulk procurava Diego Costa no comando de ataque. Tudo para furar o 4-1-4-1 montado por Marcão num Fluminense que buscava se fechar na defesa para retomar a bola e acelerar nos contra-ataques com Fred, Caio Paulista e Luiz Henrique. Mesmo assim, estava mais do que claro que faltava alguém que pensasse as jogadas no meio-campo do Tricolor das Laranjeiras.

Formação inicial das duas equipes no Mineirão. Cuca apostava num 4-4-2/4-2-2-2 de muita movimentação para furar o 4-1-4-1 utilizado por Marcão no Fluminense.

É verdade que o Fluminense começou a partida um pouco melhor e um pouco mais ligado do que o Atlético-MG. Yago Felipe, André e Wellington tentavam adiantar as linhas escrete comandado por Marcão e Caio Paulista e Luiz Henrique buscavam explorar os avanços dos laterais atleticanos. No entanto, antes mesmo de abrir o placar aos 13 minutos da primeira etapa com Manoel, o escrete comandado por Marcão já sofria bastante com a movimentação ofensiva do seu fortíssimo adversário. Muito por conta da dinâmica que Hulk, Diego Costa e companhia colocavam na troca de passes e na maneira como o “Galo Doido” empurrava o Fluminense para seu campo. Tudo isso contribuía para que o Tricolor das Laranjeiras sofresse para conter o Atlético-MG. Zaracho puxava a marcação pela direita, Jair aparecia constantemente no campo ofensivo e Diego Costa explorava bem o posicionamento ruim de David Braz e Manoel em cada lance.

Jair aparece no ataque, Zaracho e Hulk arrastam a marcação e Diego Costa ataca o espaço às costas de Manoel e David Braz numa das dinâmicas ofensivas do Atlético-MG. O time comandado por Cuca tem uma identidade bem clara e se impunha na base da velocidade e da agressividade nos movimentos. Foto: Reprodução / TV Globo / GE

É verdade que o gol de empate do Atlético-MG foi marcado num pênalti altamente questionável após suposto toque de Marlon com o braço (ou ombro, sei lá) dentro da área tricolor. Por mais que este que escreve achasse que o time de Cuca fosse sim conseguir o empate e a virada (ainda mais diante da ineficiência ofensiva do Fluminense depois de abrir o placar no Mineirão), a marcação do árbitro Marielson Alves beirou o absurdo. Difícil entender como os “homens do apito” se deixam influenciar pelo ambiente, pela pressão dos jogadores e por todo o cenário imposto em cada partida do Campeonato Brasileiro. Nada disso diminui a baita campanha do Atlético-MG na competição nacional. Mas é preciso deixar bem claro que a arbitragem brasileira precisa melhorar muito para ser considerada “ruim”. Não adianta mudar o comando se as ideias, as manias e os todos vícios continuam os mesmos.

Seja como for, o Atlético-MG voltou do intervalo mais concentrado e mais ligado no jogo. E foi possível ver como Cuca tem no “Galo Doido” a sua assinatura, a sua marca registrada. Intensidade, imposição técnica e muita agressividade nas tramas ofensivas. Ainda que o gol da virada tenha saído numa cobrança de falta de Hulk aos 14 minutos da segunda etapa, o escrete atleticano seguiu com seu plano, controlou bem o Fluminense (que só levava perigo ao gol de Everson na base dos chutes de longa distância e nas bolas levantadas na área) e explorou bem os espaços que apareciam no campo ofensivo. Vargas, Tchê Tchê, Eduardo Sasha e Nacho Fernández ajudaram a manter o nível dos que começaram a partida e garantiram a vitória que deixa o Atlético-MG com uma mão na taça do Campeonato Brasileiro. Basta o Flamengo não vencer o Ceará na terça-feira (30) para o Galo soltar o grito de campeão.

Cuca mexeu no Atlético-MG após o gol da virada e viu seus jogadores segurarem a reação do Fluminense. Marcão tentou dar mais mobilidade ao ataque, mas sem muito sucesso.

O título do Brasileirão 2021 foi encaminhado com a marca registrada que Cuca sempre buscou nas suas equipes. Intensidade nos movimentos ofensivos, agressividade no ataque e um volume de jogo quase insano. O Atlético-MG é uma equipe que não demora muito para “entrar” no jogo e isso é mérito do seu treinador, que vem mostrando que sabe usar todo o talento individual dos seus jogadores ainda que sua equipe não sem tanta organização nas tramas ofensivas. O jogo de imposição física também se dá pela técnica de Hulk, Zaracho (este talvez o jogador mais importante do Atlético-MG na temporada), Nacho Fernández, Diego Costa, Junior Alonso, Nathan Silva, Guilherme Arana e vários outros. Um time que soube jogar o Campeonato Brasileiro, aproveitou as chances que teve para vencer os jogos e foi acumulando “gordura” enquanto seus principais adversários se concentravam nos seus próprios problemas.

A virada sobre o Fluminense neste domingo (28) foi um bom resumo daquilo que foi o Atlético-MG no Brasileirão e de todas as ideias de Cuca nessa temporada. O elenco ajuda e muito. Mas o treinador atleticano merece colher os frutos e receber os aplausos pelo trabalho realizado no seu “Galo Doido”. Intensidade, agressividade, volume de jogo e um ritmo que beira a insanidade de sua torcida, que não vê a hora de finalmente soltar o grito de campeão.

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